VIDA URBANA
Fórum sobre Mobilidade discute o trânsito de CG
Problemas como congestionamentos e planejamento urbano serão discutidos nesta terça-feira (23) na 3ª plenária do Fórum sobre Mobilidade Urbana.
Publicado em 23/10/2012 às 6:00
O aumento da frota de veículos, assim como a falta de uma estrutura adequada para atender às necessidades de motoristas e pedestres, está ocasionando prejuízos ao trânsito de Campina Grande. Sem planejamento a longo prazo, a cidade agora enfrenta engarrafamentos e tumultos, especialmente no Centro.
Problemas e alternativas serão discutidos hoje na 3ª plenária do Fórum sobre Mobilidade Urbana que terá como palestrante o engenheiro Nilton Pereira Andrade. O especialista vai apresentar um estudo sobre mobilidade urbana em Campina Grande.
O levantamento realizado pelo engenheiro civil, professor do Centro de Tecnologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e gestor da Secretaria da Mobilidade Urbana de João Pessoa, mostrará as especificidades do trânsito de Campina Grande e acontecerá a partir da 8h, no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). Segundo o especialista, o grande problema encontrado hoje no trânsito da cidade, partiu de uma falta de planejamento a longo prazo.
“A cidade foi crescendo e com ela o número de veículos. Nos últimos anos, os incentivos do governo acabaram facilitando a compra de carros e motos e a cidade não comporta mais esse aumento, justamente porque não houve um planejamento anterior. As soluções que são encontradas para o trânsito são bastante pontuais e isoladas”, afirmou. Conforme disse, a mobilidade urbana se concentra no pensamento de fazer o melhor pela população, no que diz respeito inclusive, ao bem-estar dela e, consequentemente, sua saúde.
Ele explicou que algumas obras, como o alargamento de ruas, por exemplo, só fazem incentivar o fluxo de mais veículos. Em contrapartida, o investimento em transporte público pode ser uma saída para o caos no trânsito. “Não é somente colocar mais transporte público na rua, mas tem que ser um sistema que atenda às necessidades da população. Não adianta colocar veículos rápidos, se não for pesquisado de onde as pessoas saem e para onde vão, por exemplo”, contou.
Outro ponto ressaltado pelo especialista é a poluição causada pelos veículos, que de acordo com ele, são responsáveis por cerca de 90% da degradação ambiental através do ar. De acordo com ele, para que uma cidade tenha mobilidade urbana é necessário que ela pense principalmente na qualidade de vida de sua população. A 3ª Plenária do Fórum de Mobilidade Urbana é uma iniciativa da CDL, Sitrans, Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep) e Associação Comercial, com o objetivo de refletir o tema e apontar modelos de projetos para a mobilidade urbana.
Para o presidente do Sindicato do Comércio de Revendedores de Veículos Usados do Estado da Paraíba (Sinvep), Waldeck Ferrari, o governo federal vem criando facilidades para a venda de veículos novos como a redução do IPI, mas não é a aquisição de mais veículos pelos brasileiros que vem causando os transtornos no trânsito. “É a falta de estrutura que causa o tumulto e que acaba ocasionando os engarrafamentos, por exemplo. O problema é que os governantes não investem os impostos que recolhem como deveriam e a população é que acaba prejudicada. O mau gerenciamento das cidades é quem é o verdadeiro culpado”, afirmou.
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