Após 2 anos parado, Bolsa Atleta abre inscrições

Após 2 anos parado, foram abertas as inscrições para o programa Bolsa Atleta. A informação foi divulgada no Diário Oficial de ontem e os interessados têm agora um mês para fazerem seus cadastros, com a documentação de acordo com cada categoria: estudantil, institucional, internacional e nacional.

Para ser concedido o benefício, de acordo com a publicação, esses documentos têm que atender uma série de critérios.

Além de documentos comuns a todos, como preenchimento de ficha de cadastro, foto 3x4 e cópias de RG e CPF, cada categoria ainda tem que apresentar documentos específicos.

Os estudantes precisam, por exemplo, de uma declaração informando o resultado obtido nas Olimpíadas Escolares Brasileiras do ano passado. Já para a Bolsa Institucional, os técnicos indicados precisam de declaração do Conselho Regional de Educação Física atestando o registro profissional e outra da Federação indicando que realmente trabalham com a modalidade. Já no caso das federação indicadas para a mesma categoria, é necessário provar a sua regularização junto ao Sistema Brasileiro de Desporto.

Para a Bolsa Internacional e Nacional, os critérios específicos são praticamente os mesmos. Os esportistas precisam apresentar uma declaração oficial da Confederação a qual pertencem, que justifique a categoria pleiteada e que contenha os resultados obtidos em “competição máxima” da modalidade. O ranking nacional e internacional da modalidade também pode ser usado para a comprovação dos índices técnicos.

Para ver a lista de documentação completa de cada categoria, os interessados podem acessar no portal oficial do Governo do Estado o Diário Oficial. A parte que fala do Bolsa Atleta foi publicada nas páginas 11 e 12.

Os atletas deverão comparecer à Secretaria de Estado da Juventude, Esporte e Lazer (Sejel), de segunda a sexta-feira, das 14h às 17h30.

Dividido em quatro categorias, o Bolsa Atleta vai pagar mensalmente R$ 1,5 mil a cada atleta que tenha índice internacional, R$ 700,00 para os atletas que tenham índices nacionais, um salário mínimo para atletas estudantis e um salário mínimo para as entidades e treinadores inscritos na categoria institucional.

Segundo o coordenador Antônio Meira, o principal objetivo do Bolsa Atleta é encerrar com o “êxodo esportivo” que, segundo ele, se iniciou com a paralisação do programa, ainda em 2008.
Ele cita dois exemplos básicos vindos da natação: André Lima e Thafnnys Milka. O primeiro, de 14 anos, saiu para treinar em Curitiba e posteriormente foi contratado pelo Minas Clube. A segunda, de 13 anos, está no Tijuca, do Rio de Janeiro.

“Os dois são excelentes nadadores, os melhores do Brasil em suas categorias, mas não treinam mais na Paraíba porque não tinham incentivo. A volta do Bolsa Atleta, portanto, tem o objetivo principal de fazer com que estes nossos bons atletas continuem treinando por aqui e competindo pela Paraíba”, declarou Toinho, como é mais conhecido no mundo esportivo.