COTIDIANO
Advogados em celas
Advogados suspeitos de fraude foram conduzidos para o Centro de Educação da Polícia Militar, onde ficaram detidos.
Publicado em 16/06/2012 às 10:58
Os três advogados detidos na última quinta-feira pela Polícia Federal (PF) na operação ‘Sinistro’ estão em celas do Centro de Educação da Polícia Militar, no bairro de Mangabeira, em João Pessoa. Segundo a assessoria de imprensa da PF, o depoimento dos acusados foi concluído após as 18h e logo em seguida o trio foi encaminhado para a Secretaria de Segurança e Defesa Social, que definiu o local onde eles ficariam sob custódia.
Ainda na manhã de ontem a advogada de defesa de um dos acusados, Cynthia Cordeiro, ingressou na Justiça Federal com um pedido de revogação da prisão preventiva de seu cliente. Até o fechamento desta edição, o juiz ainda não havia se pronunciado sobre a solicitação da advogada.
De acordo com Cynthia Cordeiro, o cliente dela exercia a função apenas de advogado pautista e não tinha conhecimento sobre a fraude na concessão de benefícios do seguro por Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT). “O advogado pautista é aquele contratado apenas para uma determinada audiência por um escritório de advocacia com o qual ele necessariamente não tem vínculo”, explicou a advogada.
Cynthia explicou ainda: “Meu cliente era contratado para uma determinada audiência e se atinha apenas aos documentos que recebia; de posse desses documentos, ele não tinha conhecimento da veracidade deles”, ressaltou. Ainda segundo Cynthia Cordeiro, seu cliente não teria informações sobre valores a serem recebidos pelo seguro DPVAT e nem mesmo como seria dada entrada nesses processos. “Ele está certo de sua inocência, mas decepcionado porque tem consciência de que sua imagem foi comprometida”, concluiu a advogada.
FRAUDE
Os três advogados são acusados de cometer fraudes no seguro por Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT), que chegam a R$ 30 milhões. O grupo atuava nos estados da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Bahia, com auxílio de funcionários públicos. Outros seis advogados foram convocados pela PF para prestar esclarecimentos sobre o desvio.
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