VIDA URBANA
Defensores Públicos mantêm greve que já completa sete meses
OAB tenta marcar audiência em caráter de urgência com o governador do Estado para tentar reverter o quadro. Nova assembleia está marcada para o próximo dia 5, na Capital.
Publicado em 31/03/2010 às 16:39
Da Redação
Em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (31), na sede da Ordem dos Advogados do Brasil secção Paraíba (OAB-PB) os defensores públicos decidiram, por maioria de votos manter a greve iniciada há 7 meses. Uma nova reunião foi marcada para a próxima segunda-feira (5), às 14h em frente ao prédio da Defensoria Pública, no Centro da Capital.
Segundo o presidente do Sindicato dos Defensores Públicos do Estado da Paraíba, Levi Borges, os defensores públicos foram recebidos pelo presidente da OAB-PB, Odon Bezerra, que pedirá uma audiência com caráter de urgência com o governador do Estado, José Targino Maranhão (PMDB).
Segundo Odon Bezerra, ele já tentou entrar em contato com o governador do Estado, porém o mesmo encontra-se viajando, e afirmou que segunda-feira (5), tentará entrar em contato novamente com Maranhão.
A reivindicação dos defensores públicos é pela equiparação salarial com os juízes e promotores de Justiça. “É um direito garantido pela Constituição Federal que não está sendo cumprido”, declarou. Segundo Borges, o salário inicial de um promotor é de R$ 14,8 mil, enquanto o do defensor público é de R$ 5,6 mil.
“É uma disparidade incompreensível, pois as três profissões estão no mesmo patamar e devem receber o mesmo vencimento”, enfatizou. Borges disse ainda que os salários estão defasados há mais de cinco anos. Não há outra reivindicação, além da questão salarial.
A Paraíba tem cerca de 330 defensores públicos. Com a paralisação, apenas os serviços considerados urgentes não serão suspensos. “Cerca de 30% dos servidores continuarão na ativa para atender aos casos de habeas corpus, mandado de segurança, relaxamento de prisão e pensão alimentícia”, afirmou.
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