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VIDA URBANA

No HUAC, três mil sem atendimento

Hospital só está atendendo pacientes da oncologia, infectologia, diabetes tipo 1, casos de emergência e cirurgias.

Publicado em 10/04/2014 às 6:00 | Atualizado em 16/01/2024 às 17:48

Os pacientes com consultas marcadas no Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC), em Campina Grande, estão voltando para casa do portão de entrada. Isso porque desde a última segunda-feira, data quando os serviços do Centro de Assistência Especializada de Saúde e Ensino (Caese) foram suspensos devido à greve dos servidores, mais de três mil pessoas deixaram de ser atendidas, uma vez que a unidade suporta realizar mil consultas por dia. Só estão sendo atendidos no local os pacientes da oncologia, infectologia, diabetes tipo 1, casos de emergência e cirurgias.

A suspensão das atividades por tempo indeterminado foi aderida por 192 profissionais do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação, que envolvem médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. As principais reivindicações dos trabalhadores são as perdas salariais ao longo dos últimos anos e o corte de 61% de gratificação que diminuiu R$ 1.300 no salário desses servidores. De acordo com Eleonir Gonçalves, coordenadora do Caese, a greve tornou-se inevitável pelos problemas que estão se acumulando nos últimos três anos no HUAC.

“Além de sermos contra a privatização do HU, nós estamos sofrendo perdas salariais nos últimos três anos. Por isso tanto os profissionais do Ministério da Saúde e da Educação tomaram essa decisão de suspender em tempo indeterminado os serviços no hospital. Sabemos das dificuldades da população, mas não podemos mais ficar parados fingindo que esse problema não existe. Estamos orientando as pessoas que vêm até aqui para voltarem para os postos de saúde e tentar remarcar as consultas para outros locais”, explicou Eleonir.

Foi o que acabou acontecendo com o comerciante do bairro da Liberdade José Roberto, 45 anos. Ao lado da mãe, dona Laurita Pinheiro, 70 anos, e que esperou quase 90 dias para realizar uma consulta no cardiologista, a frustração de chegar ao hospital e ver o portão fechado foi tão grande quanto imaginar que terá de esperar praticamente mais três meses para fazer um novo exame. “A gente espera esse tempo todo ela fazer a consulta com o médico e ver quais são os problemas, mas quando chega aqui acontece uma coisa dessa. É torcer para que ela não passe mal, porque se acontecer alguma coisa quem é que vai levar a culpa?”, questionou Roberto.

A diretora o HUAC, Berenice Ferreira, reconheceu a luta dos trabalhadores e disse que nesses casos onde são tratados reposição salarial, apenas o Ministério da Educação e o da Saúde podem atender aos servidores. De acordo com ela, como gestora do hospital a tarefa será providenciar a remarcação das consultas para o período mais breve possível evitando que os usuários não tenham mais prejuízos. “O que nós temos que cobrar dos funcionários é garantir a manutenção dos 30% dos serviços totais, que os essenciais não parem e encontrar uma fórmula para remarcar as consultas para que os usuários não acabem esperando muito”, disse a diretora. (Givaldo Cavalcanti)

DOCENTES DA UFCG PARAM HOJE

Quem também vai suspender suas atividades hoje são os professores da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). A paralisação de 24 horas integra a campanha salarial 2014 dos docentes das universidades e dos servidores públicos federais. Com as salas de aula fechadas, haverá uma mobilização em frente à reitoria da instituição que contará com a realização de uma aula pública ao longo da manhã que debaterá sobre autonomia universitária e carreira docente. A mobilização também segue no campus de Campina Grande no período da tarde e noite.

A Associação dos Docentes da UFCG (Adufcg) ainda destacou que a categoria decidiu que as férias em janeiro serão preservadas como um direito conquistado, e que nenhum docente, independente do calendário universitário irá ministrar aulas nesse período. Apesar dessas deliberações, os professores ainda não apontaram nenhuma data correspondente ao indicativo de greve que a categoria possa aprovar em assembleia.

Já o reitor da UFCG, Edilson Amorim, afirmou que a manifestação é um direito legítimo dos docentes, desde que ele não prejudique o direito de ir e vir dos estudantes e demais servidores da UFCG.

“O direito de se manifestar faz parte da cultura universitária, mas no último movimento que houve os portões foram fechados e muitos estudantes e servidores que queriam entrar na universidade foram impedidos. Então, o direito da manifestação é livre, desde que não haja obstrução da porta. É preciso respeitar quem não quer aderir ao movimento, pois há pessoas de outras categorias, e até do mesmo segmento, que não se reconhecem dentro dessas ações e precisam ser respeitadas”, argumentou.

Edilson informou também que a reitoria vai apurar algumas denúncias referentes à paralisação da semana passada.

Segundo ele, algumas pessoas reclamaram que foram impedidas de entrar na universidade, quando um grupo de manifestantes fechou o portal principal do campus de Campina Grande para protestar contra a adesão da UFCG à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). (Colaborou Deborah Souza)

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Jornal da Paraíba

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