VIDA URBANA
Identificar golpistas é a grande dificuldade, segundo delegado
Delegado Gustavo Cartello disse que no caso de identificar pedintes golpistas é complicado.
Publicado em 01/04/2012 às 8:00
Identificar quem realmente é necessitado de auxílio e quem está aplicando o golpe para ganhar dinheiro fácil, na opinião do delegado de Defraudações e Falsificações de João Pessoa, Gustavo Cartello, é a grande dificuldade das pessoas quando são abordadas por um pedinte com uma proposta atraente ou um discurso persuasivo para conseguir determinado auxílio.
“No caso dos grandes golpes de estelionatos, eles se aproveitam da ganância das vítimas em obter vantagens financeiras sem grande esforço e acabam roubando dinheiro delas”, comenta Cartello. Segundo o delegado, somente este ano duas pessoas prestaram queixa contra o golpe do bilhete premiado da Mega-Sena. “Chega a ser inacreditável que ainda tenham pessoas que caem na lábia de pessoas com essa conversa de bilhete premiado”, afirma.
O fato, ele mesmo justifica, é que geralmente eles abordam pessoas com baixa instrução, com aparência de baixo poder aquisitivo e pouco esclarecimento sobre a ação que deverá ser executada para alcançar a recompensa. “Geralmente o golpe é aplicado por pessoas acima de qualquer suspeita, como idosos e mulheres grávidas, e estão sempre bem vestidos. Confiando no estelionatário, eles terminam acreditando na seriedade da proposta e caem na conversa”, explica.
Em se tratando de pedinte, conclui o delegado, identificar o golpista se torna ainda mais complicado, já que é difícil conseguir comprovar se a história contada por ele é verídica. “Acaba se tornando uma opção pessoal ajudar ou não o pedinte. O melhor conselho é evitar dar dinheiro às pessoas na rua e destinar o dinheiro para instituições sérias, que desenvolvam trabalhos reconhecidos pela população”, orienta Cartello.
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