ECONOMIA
Desemprego é maior em cidades com menos de 30 mil habitantes na PB
Números da Caged indicam redução na oferta de empregos entre os municípios com menos de 30 mil habitantes.
Publicado em 05/07/2014 às 6:00 | Atualizado em 05/02/2024 às 11:23
Entre os meses de janeiro e maio, o saldo de empregos entre os 17 maiores municípios da Paraíba foi positivo em 199 postos.
Entretanto, quando contabilizado o total de admissões e demissões no período em toda a Paraíba, o saldo ficou negativo em 1.589 vagas, o que indica que houve queda na oferta de empregos entre os municípios com menos de 30 mil habitantes.
Os números constam no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), órgão ligado ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Considerando o acumulado, foram gerados 57.939 postos de trabalho nas maiores cidades paraibanas, ao passo que houve 57.740 desligamentos – uma variação de 0,06%. Nos 223 municípios, foram contratados 72.563 trabalhadores formalmente, enquanto 74.152 foram demitidos, o que representa queda de 0,40%. Mesmo assim, a retração foi menos severa do que em 2013: no mesmo intervalo, houve um saldo negativo de 5.139 empregos no Estado.
A melhora na diferença entre empregados e desempregados se deu por conta do aumento significativo no número de admissões em relação ao de desligamentos. Enquanto de janeiro a maio do ano anterior foram criados 67.671 postos e cortados 72.810, em 2014 foram gerados 4.892 vagas a mais, ao passo que as demissões foram referentes a 1.342 empregos.
O resultado dos 17 maiores municípios também apresentou melhora sensível. Enquanto no acumulado dos 12 meses anteriores a maio de 2013 houve uma variação positiva de 12.060 empregos (4,26%), nos últimos 12 meses o saldo foi de 14.530, ou 4,84%. Já o mês de maio, quando comparado isoladamente com o mesmo mês do ano anterior, teve resultados piores: foram 94 desligamentos, contra 1.041 admissões no mês em 2013.
CIDADES
Em maio, João Pessoa liderou a geração de empregos formais (6.454) e os desligamentos (6.047), apresentando também o maior saldo positivo (407). A capital também obteve um aumento de 55% no saldo no acumulado dos cinco primeiros meses deste ano sobre o mesmo período do ano passado, passando de 2.899 postos para 4.494 postos – um acréscimo de 1.595 postos. Campina Grande aparece em seguida, com 2.082 cargos formais gerados e 1.801 demissões, uma diferença de 281 postos de trabalho.
Na outra ponta, Santa Rita e Mamanguape tiveram os piores saldos em geração de empregos nos cinco primeiros meses, com redução de 4.825 e 1.361 postos, respectivamente.
Todavia, considerando os últimos 12 meses, – de maio/2013 a maio/2014 – nenhum dos 17 municípios listados registrou variação negativa na balança entre empregados e desempregados. No período foi acumulado um saldo total de 18.037 postos criados, contra 14.237 nos 12 meses anteriores (maio/2012 a maio/2013) em todas as cidades paraibanas. Os demais municípios não são contabilizados separadamente no Caged.
A Paraíba conta com usinas de etanol e plantações de cana-de-açúcar nas duas cidades. Para o presidente do Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool no Estado da Paraíba (Sindalcool), Edmundo Barbosa, com o fim da entressafra, o setor já iniciou as contratações. “A expectativa é que a safra 2014/2015 chegue a 6 milhões de toneladas”.
INDÚSTRIA E AGROPECUÁRIA PUXAM QUEDA
Os setores que mais demitiram foram a indústria de transformação (4.707) e a agropecuária (4.359); já serviços (4.540) e construção civil (2.113) lideram a oferta de emprego. A diferença entre os resultados de maio de 2013 frente a maio de 2014 pode ser explicada pelos resultados na indústria de transformação: em maio deste ano foram 902 desligamentos, enquanto no ano passado o mês fechou com uma diferença positiva de 22 contratações. Já a agropecuária teve duas demissões em maio passado e 81 este ano.
O subsetor indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico foi o que puxou a queda na indústria de transformação.
Em maio, foram gerados 583 empregos, enquanto o total de pessoal desligado chegou a 1.616, somando um saldo negativo de 1.033. Os resultados no acumulado do ano também não animam: foram 3.314 cortes nos cinco primeiros meses de 2014. O único resultado positivo foi auferido quando somados os últimos 12 meses, que gerou um saldo de 887 trabalhadores contratados. Por outro lado, a construção civil conseguiu um resultado positivo frente ao mesmo mês do ano passado – sobretudo por conta da antecipação dos lançamentos imobiliários por conta da Copa do Mundo. Foram 3.415 admissões e 2.858 desligamentos, resultando em 557 empregos criados no mês.
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