VIDA URBANA
Médicos do SUS paralisam atividades
m João Pessoa, aproximadamente 450 atendimentos deixarão de ser realizados, sendo 50 cirurgias e 400 atendimentos ambulatoriais.
Publicado em 25/10/2011 às 6:30
Os médicos vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS) vão fazer hoje na Paraíba, a suspensão dos atendimentos eletivos, entre consultas, exames e cirurgias agendadas. Em João Pessoa, aproximadamente 450 atendimentos deixarão de ser realizados, sendo 50 cirurgias e 400 atendimentos ambulatoriais.
Na capital será realizado às 8h um café da manhã no Posto de Assistência Médica de Jaguaribe, que contará com a participação de médicos, que irão esclarecer os pontos de discussão do movimento em defesa do SUS. A programação é aberta à população.
Em Campina Grande, segundo Eleumar Sarmento, presidente do Sindicato dos Médicos da cidade, os 200 profissionais vinculados ao movimento sindical também devem paralisar as atividades em alguns locais. Os atendimentos de urgência e emergência serão realizados normalmente, assim como os serviços de hemoterapia, radioterapia e hemodiálise.
A medida faz parte de uma mobilização nacional que visa exigir melhores condições de trabalho, valorização do profissional, além de aumento no valor pago através do SUS pelo Ministério da Saúde. De acordo com Eleumar, o piso inicial pago atualmente aos médicos é de três salários, equivale a R$ 1.620. “Esse valor não reflete a nossa atual condição de trabalho”, disse o presidente do sindicato.
Para o presidente do Sindicato dos Médicos na Paraíba (Simed-PB), Tarcísio Campos, a situação da saúde é consequência de uma crise de gestão. “Os governos não estão fazendo sua parte, por isso estamos observando uma série de problemas como superlotação das áreas de emergência, baixa resolutividade, entre outros problemas que atingem o serviço público de saúde”, apontou. Em todo o Estado, cerca de 2.500 médicos são vinculados ao SUS.
CONTRATUALIZAÇÃO
A direção do Hospital Regional de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande, realiza hoje uma reunião no Ministério Público para solicitar a contratualização dos serviços de saúde, realizados pelos médicos prestadores de serviço.
“Nossa necessidade são de 28 médicos, apenas nove são concursados, queremos regularizar a situação dos 19 prestadores de serviço, via cooperativa ou através de concurso público”, explicou Flawbert Cruz, diretor técnico do hospital. Segundo ele, o atendimento no Hospital de Trauma de Campina Grande não deverá ser interrompido.
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