POLÍTICA
Ricardo desdenha do PMDB e diz que Maranhão tem dor de cotovelo
Prefeito de João Pessoa se disse feliz com o "significativo apoio" do DEM e desdenhou de peemedebistas que o chamaram de incoerente. "Isto é dor de cotovelo", resumiu.
Publicado em 14/12/2009 às 16:05
Phelipe Caldas
O prefeito pessoense Ricardo Coutinho (PSB) concedeu uma entrevista exclusiva ao portal Paraíba 1 e declarou na tarde desta segunda-feira (14) que, apesar de reconhecer as diferenças existentes entre o Democratas e o seu partido, recebe com “grande alegria” o que ele chamou de “significante apoio do DEM” para a sua candidatura ao Governo da Paraíba. Sobre as declarações de ex-aliados do PMDB, que o chamaram de incoerente, Ricardo apelou para a ironia para dizer que o governador José Maranhão e seus aliados estavam com "dor de cotovelo".
“Esta ira dos peemedebistas não passa de dor de cotovelo. Eles adorariam ter o apoio de um partido como o DEM, mas a verdade é que foram preterido, mesmo depois de terem oferecido uma série de benesses e cargos em troca do apoio político do senador Efraim Morais (presidente estadual do partido). Eu quero ver se eles têm coragem de vir a público para me desmentir e dizer que abririam mão do apoio do Democratas caso ele fosse oferecido”, disparou o prefeito pessoense.
Ricardo lembra que o DEM hoje é formado por um senador, dois deputados federais, cinco deputados estaduais, 40 prefeitos e 320 vereadores, o que faz dele um dos grandes partidos da Paraíba. “Não negamos as diferenças existentes entre as legendas. Mas nas circunstâncias atuais é importante montarmos uma frente única de oposição formada por todos aqueles que querem derrotar o atual governador José Maranhão”, frisou. “Precisamos juntar forças para mudar a Paraíba. Esta aliança é pelo bem do nosso Estado”, justificou.
Ainda de acordo com o prefeito de João Pessoa, a “Paraíba real” é bem diferente da “Paraíba apresentada pela mídia” nas propagandas oficiais do Governo da Paraíba. “O paraibano está cada vez mais sem perspectiva diante da falta de segurança, dos problemas financeiros e da falta de políticas sociais para o povo pobre”, criticou.
Sobre a corrida presidencial, Ricardo disse que nada impede que ele e Efraim apoiem candidatos diferentes em 2010. Aliado do presidente Lula, o prefeito minimizou o fato do senador ser no Congresso Nacional um dos maiores críticos do governo petista. “Estamos liberados para apoiar quem quisermos em nível federal. Mas na disputa eleitoral local, estamos unidos para derrotar o grupo que está atualmente no poder”.
Por fim, ele disse que a aliança com o DEM não é empecilho para que as forças de esquerda permaneçam ao seu lado nas eleições do ano que vem e que na oportunidade ainda espera contar com o apoio de partidos como o PCdoB. “Diante de duas propostas de governo tão distintas, tenho a esperança de que estas legendas permaneçam ao lado de quem tem história com a esquerda”, destacou, dizendo que para vencer o pleito era necessário também se aliar com “partidos de centro”.
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