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CULTURA

Brasil perde a Rainha do Chorinho

Morreu na noite da ultima terça-feira (27) aos 91 anos, a cantora potiguar Ademilde Fonseca.

Publicado em 29/03/2012 às 6:30


Ontem, o chorinho brasileiro amanheceu triste. Morreu na noite da ultima terça-feira, aos 91 anos, sua ilustre rainha, a potiguar Ademilde Fonseca. A cantora sofreu um mal súbito em sua casa, em Ipanema, na zona sul do Rio, e seu corpo foi enterrado ontem, no Cemitério São João Batista, em Botafogo.

“Ademilde criou o choro cantado na música brasileira e não deixa sucessores”, afirma o pesquisador musical Rodrigo Faour ao JORNAL DA PARAÍBA, por e-mail. “Uma música dificílima de cantar, que ela o fazia com maestria. Milhares de palavras por minuto e se entendia tudo que ela cantava, era um fenônemo”, acrescenta Faour, lembrando que ela gravou choros lentos, sambas, toadas e marchas. “Uma deusa da canção”, resume.

O pesquisador a homenageou em três edições do Troféu Sexo MPB - sempre com categorias divertidas que ela adorava, lembra Faour, tipo 'Veterana sexy'.

Há mais de um ano, ele também prepara um CD duplo em homenagem à Ademilde Fonseca. “Deverá sair, se Deus quiser, agora em maio na série Super Divas, pela EMI”, revela Rodrigo.

“Ela comentou faixa a faixa. Estou muito triste deste disco não ter saído com ela em vida, por conta de mil burocracias para se lançar gravações antigas, mas feliz porque ela sabia do projeto e participou de tantas outras homenagens que lhe prestei”.

Outro garimpador musical que lamentou a morte de Ademilde Fonseca foi Marcelo Fróes, que ano passado reeditou em CD seu A Rainha do Chorinho (1975), via o Discobertas. “Soube que semana passada (ela) fez show lotado em Porto Alegre e que todos os CDs levados foram vendidos após o show”, comenta ao JP, também por e-mail.

“Ela estava num momento muito bom”, afirma Fróes. “Temos algumas coisas antigas dela, dos anos 50, mas pra já vamos reeditar os dois primeiros discos da Baby Consuelo (em parceria com a Warner) e neles há forte influência de Ademilde e também sua participação especial”, revela.

Para Macelo Fróes, Ademilde era uma “cantora especial, afinadíssima e muito querida”. “(Tinha uma) discografia irrepreensível, ainda que reduzida e homeopática”, diz.

TICO-TICO NO FUBÁ
Nascida em Macaíba (RN) em 4 de abril de 1921, Ademilde Fonseca estreou em disco em agosto de 1942, num álbum que trazia a primeira gravação com letra do sucesso “Tico-Tico no fubá”, choro de Zequinha de Abreu. No ano seguinte, gravaria novos sucessos como "Apanhei-te, cavaquinho" e "Urubu malandro".

Ao longo de sua carreira, trabalharia com músicos célebres como Garoto, Canhoto da Paraíba, Jacob do Bandolim, Pixinguinha e o maestro Radamés Gnattali, e passaria pela rádio Nacional e pela rádio e TV Tupi.

Ademilde deixa uma filha, a também cantora Eimar Fonseca, três netas e quatro bisnetos. (com Folhapress)

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Jornal da Paraíba

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