ECONOMIA
Paraibanos vão gastar quase R$ 2 bi em saúde
Medicamentos, planos médicos, consultas, exames e cirurgias lideram despesas do setor.
Publicado em 31/05/2013 às 8:00 | Atualizado em 13/04/2023 às 18:08
Um gasto inevitável e que não pode ser adiado. São assim as despesas com a saúde, que cada vez mais sofrem reajustes e têm impacto direto na renda das famílias. Em 2013, os custos dos paraibanos nesta área vão consumir quase R$ 2 bilhões (R$ 1,991 bilhão), cifra R$ 239 milhões a mais do que em 2012 (R$ 1,752 bi), o que representa alta de 13,64%. Os dados são da pesquisa IPC Maps 2013, realizada pela empresa IPC Marketing Editora, que estuda o potencial de consumo.
Os números incluem planos médicos, dentários, medicamentos, consultas, cirurgias, exames e óculos/lentes. O montante com medicamento este ano vai chegar a R$ 1,250 bilhão, o que significa 14,57% a mais sobre 2012. Enquanto nos gastos com planos de saúde/dentário, cirurgias, consultas e exames o volume chegará a R$ 741,113 milhões , alta de 12,1% sobre 2012.
A pesquisa mostrou que nas despesas com planos de saúde/dentário, cirurgias, consultas e exames, as classes A e B concentram 66,7% dos gastos (R$ 495 milhões do total de R$ 741 milhões). Já nas compras de medicamentos, são as classes B e C que concentram 80% dos gastos (R$ 1 bilhão do total de R$ 1,250 bilhão).
Além de aumentos anuais de planos e dos medicamentos, o envelhecimento da população é uma motivos para a elevação dos gastos. É o caso da família da comerciante Antonia Lopes da Costa que comprava ontem medicamentos em uma das farmácias de João Pessoa para a família. Segundo ela, os gastos nesta área são mais intensos quando se trata dos pais que moram com ela, a mãe de 78 anos e o pai de 85 anos.
Somente nas compras de ontem, ela desembolsou cerca de R$ 700 com alguns remédios. “A renda mensal dos meus pais é de R$ 4 mil e os gastos com saúde todo mês é de, aproximadamente, metade (R$ 2.000). Isso inclui plano de saúde, remédios e fraldas geriátricas. Se for renovar óculos, fazer uma cirurgia ou consulta extra tenho que pagar por fora.
Atinjo este valor porque peço descontos especiais nas farmácias e pesquiso muito na hora da compra”, frisou.
Segundo ela, os pais sofrem de doença como hipertensão arterial, cardiopatia e problema renal crônico. A situação é mais complicada porque a mãe é cadeirante. Antonia Lopes da Costa revela que nas Farmácias Populares não encontra os remédios dos pais, mas já procurou ajuda do setor público e não conseguiu. “Há cerca de um ano dei entrada na Secretaria de Saúde Municipal para receber de graça um suplemento alimentar para meu pai e até hoje não chegou. Então, temos que dar este reforço por conta própria”, reclamou.
Ciente do peso dos gastos nas contas mensais de sua casa, Antonia Lopes da Costa fez um apelo. “A saúde de uma forma geral precisa ser revista pelos gestores, não só ela mas também a educação e a segurança pública. Na saúde temos que ter melhorias urgentes no atendimento com os menos favorecidos e termos preços mais acessíveis para medicamentos. Meus pais ainda precisam de uma alimentação balanceada com frutas e verduras e estes itens ultimamente tiveram grande aumento este ano”.
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