VIDA URBANA
Condomínios investem em tecnologia para aumentar segurança
Medo e insegurança de moradores estão estampados na diversidade de equipamentos para assegurar uma segurança eficaz.
Publicado em 29/03/2009 às 9:48
Luiz Carlos Lima
Do Jornal da Paraíba
“Você está sendo filmado”. Esta frase tornou-se comum em quase todas as portarias e elevadores de condomínios de João Pessoa. A demanda por segurança em conjuntos residenciais oferece cada vez mais espaço para a segurança eletrônica. O medo e a insegurança dos moradores estão estampados na diversidade de equipamentos para assegurar uma segurança eficaz, fato que pode ser constatado em uma rápida passagem pelos principais bairros da cidade. Diante disso, os moradores têm investido quantias mais altas em segurança eletrônica. As empresas especializadas em segurança comemoram as vendas.
Encontrar uma empresa especializada em soluções para espantar os criminosos não é uma tarefa complicada. Há no mercado uma série de opções e uma gama ainda maior de equipamentos que podem ser instalados. “Os itens mais comuns são câmeras e microcâmeras, alarmes, sensores de presença, fumaça e impacto, cercas elétricas, botões de pânico, blindagem nas guaritas de segurança e os chamados controles de acesso, como cartão de entrada e leitores biométricos”, lista Rossana Cardoso, gerente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada da Paraíba (Sintesp).
De acordo com Rossana Cardoso, há 16 empresas cadastradas no Sintesp e o mercado está em franca expansão. “Há um terror constante nas pessoas, que não se sentem mais tão seguras dentro da própria casa. Todas as empresas que estão abrindo não ficam sem clientes, porque há equipamentos e investimentos para todos os bolsos. Só este ano, percebemos um crescimento de cerca de 20% na procura pelos serviços”, revela.
Julian Lemos, consultor de segurança da empresa Perímetro, disse que a empresa instala cerca de três a cinco novos equipamentos em condomínios residenciais por dia. “Estamos vivenciando uma procura exacerbada por estes equipamentos, em virtude de uma falsa sensação de segurança”.
Moradora de um condomínio em Tambaú, Fernanda Vieira acredita que muitas vezes é melhor aumentar um pouco mais o valor da taxa de condomínio para garantir a segurança. “Não podemos mais facilitar a ação dos bandidos. Aqui mesmo no prédio onde moro (a moradora prefere não identificá-lo), já houve ação dos bandidos. Em assembleia, decidimos contratar alguns serviços”, disse.
A síndica do Condomínio Porto Fino no Bessa, Cléa Ribeiro, também gatante que vale a pena investir em segurança. No condomínio que administra foi investido cerca de R$ 10 mil. “Instalamos cercas elétricas e câmeras no nosso condomínio”, afirmou.
Há a opção do sistema de comodato, onde o cliente usa o equipamento e paga uma mensalidade que gira em torno de R$ 500. Segundo Inaldo Dantas, presidente do Sindicato da Habitação Seção Paraíba e dono da empresa Grupo Elo que gerencia cerca de 80 condomínios, o investimento pode chegar a R$ 15 mil.
“Morar em condomínios verticais já não é total garantia de segurança. Na escolha dos equipamentos, deve-se levar em consideração o valor do patrimônio a ser preservado e à disposição dos moradores com o investimento”, afirma.
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