Procurador do STJD diz que ação é 'vergonhosa'

O procurador Paulo Schmidt, do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, está indignado com a ação do CSP, clube pessoense que conseguiu uma liminar na 15ª Vara Cível de João Pessoa suspendendo a partida entre Sousa e Coritiba pela Copa do Brasil de 2013. Ele diz, entre outras coisas, que o uso contínuo da Justiça comum em questões desportivas é “vergonhoso para o futebol brasileiro”, um “desrespeito às regras internacionais da Fifa” e um problema que traz “insegurança e instabilidade a todo o campeonato”.

Mas ele vai além. Especificamente sobre a ação do CSP, Schmidt diz que o clube da capital paraibana usou de “mentiras deslavadas” para conquistar a liminar na Justiça, e deu a entender que o juiz João Batista Barbosa foi levado ao erro.

"O CSP alegou que não foi citado no processo do Sousa que correu no STJD e que não teve direito a defesa. Isto é mentira. É absurdo. Chega a ser estarrecedor. Porque o clube não só teve direito a defesa como se fez representar no dia do julgamento por meio de advogado. Isto é muito grave. A magistratura com isto é levada ao equívoco", frisou.

Depois, o representante do STJD ironizou alguns argumentos utilizados pelo CSP na ação judicial para justificar seu pedido de liminar.

"A ação do CSP (na Justiça comum) é única. Repleta de mentiras e de omissões. E tem umas justificativas tolas. Sem sentido. A ação, por exemplo, fala em 'coluio entre CBF e STJD na calada da noite para prejudicar o CSP'. Uma besteira sem sentido".

Paulo Schmidt destacou por fim que a Justiça desportiva deveria ser a “instância final” para tratar de assuntos de futebol e lamentou que mais uma vez a Paraíba esteja no centro de conflitos na Justiça comum. O procurador se referia à confusão de grandes proporções iniciada em 2012 pelo Treze, que acionou a Justiça de Campina Grande por uma vaga no Campeonato Brasileiro da Série C".