ECONOMIA
Entidades se preocupam com greve do BNB
Com a paralisação dos serviços no NE, além de Espírito Santo e Minas Gerais, áreas de atuação do banco, a concessão de empréstimos para fim de ano está prejudicada.
Publicado em 19/10/2011 às 6:30
A manutenção da greve somente dos funcionários do Banco do Nordeste (BNB), banco que oferece empréstimos a juros baixos para agricultura e pequenas e médias empresas, já está preocupando entidades representativas na Paraíba. Com a paralisação dos serviços na Região Nordeste, além de Espírito Santo e Minas Gerais, áreas de atuação do banco, a concessão de empréstimos para fim de ano está prejudicada.
Há 22 dias, os funcionários da instituição financeira estão de braços cruzados pleiteando melhorias salariais e aumento da participação nos lucros do banco. Nesse período, segundo o presidente da Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas da Paraíba (FCDL- PB), José Artur Almeida, não é possível estimar os prejuízos causados. “Não temos como fazer um prognóstico dos prejuízos, mas seguramente, aquelas empresas que trabalham com o BNB e dependem do crédito oferecido serão muito prejudicadas, sobretudo no final de ano”. Os servidores do BNB entraram em greve no dia 27 de setembro, juntamente com os funcionários das demais instituições financeiras do país. Ontem, entretanto, os servidores dos outros bancos retornaram ao trabalho e apenas o BNB permanece em greve.
Para o presidente do Centro das Indústrias da Paraíba (Ciep), João da Matta, a manutenção da greve causa uma dor de cabeça a mais para os empresários locais. “Com a greve, as empresas não têm como buscar novos investimentos, não tem como atuar em alguns setores e resolver alguns problemas fiscais, então os transtornos são grandes. Parece que o que menos importa neste país são as empresas, falta muito bom senso”, critica.
SINDICATO JUSTIFICA
Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcos Henriques, a manutenção do movimento acontece porque diferente dos outros bancos públicos, a proposta feita aos servidores do BNB não contempla o aumento na participação dos lucros e o reajuste salarial oferecido foi menor que o concedido aos trabalhadores de outras instituições bancárias. (colaborou William De Lucca)
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