COTIDIANO
Agricultor é preso por falso testemunho em Sousa
Agricultor é preso por falso testemunho durante audiência de investigação de compra de votos na grande Sousa, nas eleições de 2008.
Publicado em 07/04/2009 às 9:10 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:40
De George Wagner
O agricultor Francisco Pereira dos Anjos foi preso por falso testemunho durante uma audiência de investigação da justiça eleitoral, no Fórum Desembargador Walter Sarmento de Sá, em Sousa. Mais conhecido como Chico de Ducarmo, ele prestou dois depoimentos para o mesmo caso, em que o atual prefeito é acusado de comprar votos nas eleições do pequeno município de Vieirópolis, na grande Sousa.
Numa relação de 26 pessoas que começaram a ser ouvidas nesta segunda-feira (6), o agricultor era uma das testemunhas de acusação contra o prefeito Marcos Pereira (PTB). No entanto, ele teria apresentado dois testemunhos diferentes para o mesmo fato ocorrido na campanha de 2008.
Na primeira versão, Chico de Ducarmo, que foi indicado como testemunha pelo segundo colocado na eleição, Célio Aristóteles (PP), acusou o irmão do atual prefeito, Marivaldo Pereira, de ter ido a residência dele para deixar uma quantia em dinheiro para que ele votasse na chapa situacionista.
Em seguida, foi apresentada uma declaração assinada em cartório pela própria testemunha negando as acusações de compra de votos, tendo o agricultor rebatido e alegado que havia assinado o referido documento sem ler o que estava escrito.
Diante do impasse, a promotora eleitoral Adriana de França Campos perguntou ao interrogado qual das suas versões seria a verdadeira e a testemunha, de forma surpreendente, disse que todas as duas eram verdadeiras, obrigando o Ministério Público Eleitoral a pedir a prisão do agricultor.
Ele foi acompanhado até a delegacia por agentes da polícia civil e um oficial de justiça, sendo liberado mediante a assinatura de um termo de compromisso. A testemunha vai ter quer comparecer periodicamente a delegacia para prestar esclarecimento sobre o falso testemunho prestado no Fórum Eleitoral.
A promotora disse que o fato servirá de exemplo para que outras pessoas não cometam o mesmo desrespeito ao judiciário. “Quem mentir será preso por crime de falso testemunho e será encaminhado a Delegacia e eu mesma vou requisitar a prisão”, alertou a promotora Adriana de França Campos.
Nos próximos dias a Justiça pretende ouvir todas as outras 25 pessoas arroladas no caso, que envolve a AIJE (Ação de Investigação Judicial Eleitoral), impetrada pelo segundo colocado nas eleições, Célio Aristóteles (PP), contra o prefeito reeleito, Marcos Pereira (PTB).
Comentários