Bota vai ao STJD em clima de paz

Nada de comprar briga, nada de polêmica. É com o "espírito desarmado", como diz o advogado Luiz Crispim Filho, que o Botafogo vai hoje ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro. O clube paraibano terá que se defender em dois processos distintos - o da escalação irregular dos jogadores Pio e Thiaguinho; e o da interdição do Almeidão.

Crispim Filho, que comanda o departamento jurídico do Belo, revela que a estratégia de defesa não é o confronto com o STJD ou com a decisão da CBF. Para ele, o mais importante é mostrar que tais decisões foram tomadas com base em documentos sem validade.

"O nosso objetivo é mostrar a verdade dos fatos porque nem sempre chega à Justiça as provas para um julgamento isento.

Por isso, vamos levar documentos que mostram a realidade", disse o advogado, se referindo aos supostos laudos que o procurador do STJD, Paulo Schmitt, se baseou para pedir a interdição do Almeidão.

Crispim Filho lembra que o estádio sediou jogos em 2013, inclusive a final da Série D, mesmo estando em obras e interditado parcialmente.

"O Almeidão recebeu públicos de até 20 mil pessoas, como foi a final contra o Juventude, e não apresentou nenhum problema. Não havia a necessidade de interdição", repetiu.

De qualquer forma, o tal "espírito desarmado" será a tônica do julgamento de hoje, marcado para as 16h (da Paraíba).

"O Botafogo não quer briga com ninguém. Não queremos tumultuar nada. Queremos conversar, mostrar que está havendo um mal-entendido muito grande nessa história toda", concluiu Crispim Filho.

JUSTIÇA COMUM

O departamento jurídico do Botafogo também pretende mostrar no STJD que o clube não é conivente com a ação na Justiça Comum movida pelo vereador Renato Martins (PSDB), que acabou suspendendo a partida contra o Náutico, na última segunda-feira, em Goianinha.

"Toda nossa estratégia de defesa se baseia na Justiaça Desportiva", lembrou Luiz Crispim Filho.