Câncer de mama: quando a prevenção é a grande aliada da saúde

Mastologista alerta sobre importância do diagnóstico e tratamento precoce deste tipo de câncer para aumentar chances de cura.   

 
Um ferimento aparentemente simples ou um pequeno nódulo no seio. Sintomas que para alguns não significam algo alarmante podem, na verdade, representar indícios de câncer de mama, doença que mais acomete mulheres em todo o mundo, conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).
 
De acordo com a agência especializada em saúde, por ano, surgem 1,38 milhão de novos casos deste tipo de câncer, com 458 mil mortes. No Brasil, o Ministério da Saúde estima 52.680 casos novos em um ano, com um risco estimado de 52 casos a cada 100 mil mulheres.
 
Os números, que chamam a atenção pela expressividade, enfatizam a importância de campanhas como o Outubro Rosa, que visa a conscientizar a sociedade sobre o problema e trazer o assunto à tona.
 
Para a mastologista Débora Cavalcanti, a prevenção ainda é a maior aliada para aumentar as chances de cura da doença. Segundo ela, além do autoexame nos seios, que deve ser feito com frequência pela mulher, a mamografia também precisa ser realizada de forma rotineira tanto para pacientes acima dos 50 anos, quanto para aquelas que tiveram casos próximos na família.
 
“Aquelas mulheres com mãe ou irmã que tiveram câncer de mama antes dos 50 anos, ou seja, no período pré-menopausa, têm chance duas vezes maior de ter câncer de mama do que mulheres que não têm essa situação em sua família”, afirma a especialista. “Por isso, elas devem procurar um mastologista para que seja solicitada uma mamografia na idade que ela esteja 10 anos antes da idade que acometeu a mãe”, acrescenta.
 
Sobre o diagnóstico, Débora explica que a mamografia é o único exame indicado para detectar a doença inicialmente, uma vez que a ultrassonografia surge apenas como um complemento. “Outra coisa muito importante é que o diagnóstico e realmente só é fechado após uma biópsia, seguida de um exame histopatológico para termos a certeza de que aquela suspeita vista na mamografia é câncer”, comenta.
 
Débora ressalta que o tratamento para a doença é algo que varia de paciente para paciente, podendo, após a cirurgia, ser acompanhado de quimioterapia, radioterapia e até hormonioterapia. “Isso porque temos muitos tipos de câncer de mama. E nesse caso é importante a conduta adequada e a tempo pelo especialista”, finaliza.
 
Outubro Rosa
O movimento popular internacionalmente conhecido como Outubro Rosa é comemorado em todo o mundo. O nome remete à cor do laço rosa que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama e estimula a participação da população, empresas e entidades. O Outubro Rosa começou nos Estados Unidos na segunda metade da década de 90 e, desde então, se expandiu para outros países.