Hábito saudável desde a infância é o principal aliado contra doenças renais

Além de evitar fast foods e incentivar uma alimentação saudável, especialista chama atenção para importância do check-up anual. 

Hábito saudável desde a infância é o principal aliado para o combate de doenças renais
As doenças renais, que atingem cerca de 10% da população mundial, merecem atenção especial desde a infância. É o que alerta o nefrologista Edmundo Vasconcelos, Jorge Portela. “É importante que os pais evitem levar os filhos em fast foods e incentivem uma alimentação mais saudável rica em fibras, frutas, verduras e legumes. Além de estimular o consumo de água”, recomenda.
 
Para o especialista, é fundamental que as pessoas desenvolvam o hábito da prevenção e incluam nos check up anuais a dosagem de creatinina no sangue ou na urina, exame que diagnostica vários problemas renais.
 
Apesar de não apresentar sintomas nos estágios iniciais, o nefrologista destaca que há alguns sinais que podem ser indicativos de problemas renais, como alteração da coloração da urina (sugerindo perda de sangue), presença de espuma na urina (sugerindo perda de proteína), inchaço e diminuição de volume urinário. No entanto, muitos portadores da doença buscam orientação médica apenas quando o funcionamento renal já está comprometido.
 
“Os rins são responsáveis por funções essenciais para a vida. São os órgãos do sistema excretor e osmorregulador, responsáveis pela filtração do sangue e controle do volume de água do corpo. Atuam também como seletores que limpam as impurezas do sangue”, ressalta.
 
Entre as doenças renais mais comuns está o cálculo renal ou pedra nos rins, que pode atingir até 15% da população. O mais alarmante é que 5% dos pacientes que já tiveram este problema evoluem para insuficiência renal com necessidade de transplante do órgão.
 
As três principais causas da doença são o diabetes, a hipertensão arterial e a glomerulonefrite, uma inflamação do glomérulo, unidade funcional do rim formada por um emaranhado de capilares, onde ocorrem a filtragem do sangue e a formação da urina.
 

É importante lembrar que insuficiência renal crônica não tem cura, mas que, quando detectada em estágio inicial, os medicamentos ajudam a gerenciar os sintomas. Nos casos avançados, a filtragem do sangue por uma máquina (diálise) ou um transplante podem ser necessários.