Raiva: saiba mais sobre essa zoonose!

Raiva: saiba mais sobre essa zoonose!
Folder do Conselho Federal de Medicina Veterinária com orientações sobre a raiva.

O CDC – Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos anunciou este mês que, a partir de 14 de julho, proibirá temporariamente a importação de cães oriundos de países que apresentaram casos de raiva nos últimos seis meses e de países classificados como de alto risco de transmissão.

Os Estados Unidos não apresentam casos de raiva desde 2007 e essa medida é para prevenir que cães portadores da doença causem uma reintrodução do vírus no país. O CDC estima que 6% dos cães que entram nos EUA são provenientes de países com alta transmissão.

O Brasil, que já foi referência mundial no combate à doença por ter conseguido diminuir drasticamente os casos após a década de 90 e não ter apresentado nenhum caso no ano de 2014, entra na lista do CDC como país de alto risco. Acredita-se que, uma das causas do aumento de casos de raiva no Brasil foi a diminuição da vacinação de animais domésticos – alguns atribuem essa diminuição ao problema ocorrido com um lote das vacinas em 2010 que resultou em aumento de reações pós vacinais e óbito de alguns animais.

Essa zoonose é uma doença infecciosa viral, que acomete mamíferos, incluindo seres humanos. Já houve registro de transmissão por morcegos, cães, gatos e primatas não humanos através de mordidas, arranhões e até por lambedura. De extrema importância para saúde pública, estima-se que a raiva chega a matar mais de 50 mil pessoas por ano no mundo. 

O método mais eficaz para a prevenção da doença é a vacinação e o bloqueio de focos. 

Podemos tomar alguns cuidados para evitar o contágio:

  • Não toque em morcegos e outros animais silvestres, principalmente se estiverem caídos no chão ou em situações não habituais;
  • Tenha cuidado ao se aproximar de cães e gatos sem dono, evite manuseá-los quando estiverem comendo ou com filhotes e peça ajuda de pessoas qualificadas em caso de animais que apresentem agressividade. 

Se for mordido por um morcego ou outro mamífero silvestre ou um cão/gato que não se tem conhecimento se está vacinado, procure o posto de saúde de sua região para a higienização de ferimentos e profilaxia. Se possível, manter o animal em observação por 10 dias. 

Vacine seus animais anualmente. A vacinação é um ato de amor.