Vamos normalizar o uso da focinheira?

Desabafo de uma tutora indignada

Eu era meio preconceituosa em relação ao uso da focinheira.

Tinha aquela visão das mordaças de antigamente, que quase impediam o cachorro de respirar.

Entretanto, com o passar do tempo minha visão mudou. E que bom que mudou!

Todos os dias caminhamos na orla de Intermares – eu e Bruce, com sua focinheira.

Às vezes vamos em dupla, em trio, mas geralmente vamos só eu e ele.

Passeamos, brincamos, tomamos café na padaria e sempre paramos pra Bruce tomar água de coco. Ele ama.

Essa semana, quando estávamos andando, vinha um cachorro de porte grande na nossa direção (não vou nem mencionar a raça porque o cão não tem culpa da falta de senso do tutor); continuamos andando tranquilamente, como sempre.

Quando passamos por eles, o cão recuou e rapidamente avançou no pescoço de Bruce, que se virou pra se defender. Graças ao treinamento constante e sempre de forma positiva, Bruce prontamente me ouviu, seguindo sua caminhada; enquanto o outro cachorro puxava e rosnava, arrastado pelo dono e seu enforcador ( que não serviu pra evitar nada, como já falamos aqui no blog).

Ainda bem que Bruce estava de focinheira. Se o cenário fosse outro, teríamos dois cães brigando e, pelo tamanho e força, um deles sairia bem machucado.

Há, contudo, uma certa resistência na utilização desse equipamento que pode salvar a vida de um outro animal ou até mesmo de uma pessoa.

Muitos cães são extremamente dóceis com pessoas mas não são muito amigáveis com outros cães.

Atualmente, encontramos no mercado pet algumas opções de focinheiras confortáveis, que você pode até moldar na água quente para melhor adaptação ao focinho do cão.

Por que não utilizá-las?

Lembrando que para que o cão se sinta bem em “vestir” uma focinheira, é preciso treiná-lo previamente, associando seu uso a coisas boas; com muita paciência e respeito pelo tempo de cada cão.