Erros de internautas abrem brechas para crimes

Deixar conta de e-mail aberta e expor informações particulares em redes sociais são os erros mais comuns que podem tornar interneutas vítimas de crimes virtuais.

Deixar conta de e-mail aberta, expor informações particulares em redes sociais, acessar páginas de bancos em computadores coletivos e permitir que comentários na web sejam vistos por qualquer pessoa. Estes são os erros mais comuns cometidos por internautas e que podem transformá-los em vítimas de crimes virtuais. O alerta é do especialista em segurança digital Wanderson Castilho, que veio de São Paulo para João Pessoa participar de um evento hoje na Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Segundo ele, os crimes cometidos na web estão aumentando principalmente devido à exposição exagerada das pessoas e do maior acesso à internet. Apesar dos avanços da tecnologia que já permitem identificar os criminosos, o problema ainda fica mais grave devido à ausência de leis específicas sobre o assunto. O especialista acrescenta que os sistemas em geral estão seguros.

Por isso, atualmente já é possível identificar 99% dos responsáveis por crimes virtuais. “É mais fácil identificar um criminoso virtual do que um do mundo físico”, afirmou o especialista.

No entanto, a solução dos problemas esbarra na ausência de legislações. Embora as pessoas tenham o direito de procurar a delegacia, o especialista ressalta que nem sempre os casos cometidos na web recebem a devida atenção. “Uma difamação feita na rua, que tem um número limitado de pessoas, é diferente de uma difamação feita na internet, que pode ser vista por quantidade indefinida de pessoas. Mas, como a Justiça vai classificar isso, se não há leis específicas”, indagou.

A falta de legislações específicas encontra terreno fértil em um campo que não para de crescer. De acordo com Wanderson Castilho, atualmente, 36% dos brasileiros possuem acesso à internet. O percentual representa mais de 68 milhões de pessoas, já que a população do país é estimada em 191 milhões habitantes de acordo com o Censo de 2011.