Foram registrados 171 casamentos homoafetivos na Paraíba em 2021, de acordo com dados da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais na Paraíba (Arpen-PB), um aumento de 64% com relação a 2019. Ao analisar os dados do IBGE relativos ao período de 2013 a 2020, é possível notar que esse tipo de união vêm crescendo nos últimos anos. A busca por maior garantia de direitos foi o que levou a jornalista Isadora Lira e a professora Thayse Rocha ao casamento civil, em 2018. Naquele ano, o número de casamentos homoafetivos entre mulheres teve alta.
“Pensávamos muito nos direitos e segurança legal que o casamento traz, especialmente sabendo em relação a hospitais, em relação a todo aparato juridico institucional os casamentos homoafetivos não são tao reconhecidos. Então as pessoas relutam muito em entender que é um casamento de fato”, explica Thayse Rocha.
Ainda conforme a Arpen-PB, em 2022 ocorreram 93 casamentos homoafetivos, sendo 32 entre homens e 61 entre mulheres.
Dados do IBGE
Ao analisar os dados do IBGE relativos ao período de 2013 a 2020, é possível notar que esse tipo de união vêm crescendo nos últimos anos. Em 2020, foi registrada queda de 7%, porém, as uniões heterossexuais também registraram redução, resultado que pode estar relacionado à pandemia do coronavírus.
Em 2020, o total de casamentos homoafetivos na Paraíba foi 104, sendo 55 entre mulheres e 49 entre homens. NEsse período. Em 2019, o estado teve 112 uniões entre pessoas do mesmo gênero, sendo 29 entre homens e 83 entre mulheres.
As uniões entre cônjuges masculinos e femininos seguem um padrão parecido de crescimento e queda. 2018 e 2019 foram os anos com maior crescimento nos casamentos entre mulheres, enquanto casamentos entre homens apresentaram redução nesse período. Em 2020, as uniões homoafetivas entre mulheres apresentaram queda, de 83 para 55, e entre homens subiu de 29 para 49.
Importância do casamento civil para LGBTs
Isadora Lira afirma que o casamento no civil foi um passo importante para que a família fosse reconhecida. “Casamos em dezembro de 2018, a gente ja morava junta há um ano e meio, mas era um processo importante para que a nossa familia fosse reconhecida legalmente”.
Thayse Rocha reflete que relacionamentos que fogem do modelo cis hétero enfrentam maiores dificuldades de reconhecimento, portanto, o registro civil é uma medida que se faz necessária para muitos casais. “Para que sejamos socialmente reconhcidas enquanto casal, nos pedem muito mais. A nossa segurança vem a muitos custos”.
