Provas físicas reprovam até candidatos bem classificados em concursos

Além da teoria, concurseiros devem se preocupar com treinos para não serem desclassificados.

Karoline Zilah
Com infográfico do G1

Estudar horas a fio e ‘devorar’ os livros são características típicas dos ‘concurseiros’ de plantão. Afinal, todos querem obter uma boa pontuação nas provas escritas para ficar entre os classificados. O que muita gente não espera é colocar tudo a perder em uma avaliação que pega muitos de surpresa: a prova física. Nestas horas, quem dá muita importância para os estudos e pouca para os treinos acaba correndo o risco de ver um salário de R$ 8 mil e uma carreira estável irem por água abaixo.

Em seleções públicas para alguns cargos específicos, como os da área de segurança ou para pessoas que vão trabalhar nas ruas, os candidatos precisam fazer um esforço um mais: o teste de capacidade física, tão importante quanto a avaliação teórica.

De caráter classificatório e eliminatório, a avaliação física pode custar a vaga, elevando o índice de reprovação. Correios, todas as modalidades de polícia (Militar, Bombeiro, Civil, Federal e Rodoviária Federal) e até o Tribunal Regional do Trabalho são exemplos de órgãos que cobram exames de esforço físico em seus editais para selecionar os candidatos mais aptos às vagas oferecidas.

Geralmente, os certames cobram as execuções das seguintes tarefas:

– Barras
– Abdominais
– Corrida
– Salto em altura (vertical)
– Salto em distância (horizontal)
– Natação

O major Antônio Josias, chefe da divisão de Educação Física do Centro de Ensino da Polícia Milita da Paraíba, está habituado a acompanhar provas práticas de concursos nos campos de treinamento da escola, a exemplo das avaliações para o Curso de Formação de Oficiais (CFO). Segundo ele, o que os “juízes” avaliam e cobram dos candidatos são requisitos mínimos para que eles possam exercer as funções diárias dos cargos que pretendem ocupar.

Provas físicas reprovam até candidatos bem classificados em concursosNo caso de policiais, bombeiros e delegados, é preciso ter noções de defesa pessoal e resistência para suportar condições adversas ou situações inesperadas, como se infiltrar em uma área inóspita ou na zona rural dentro de uma operação para investigar casos ou efetuar prisões e apreensões.

Há, ainda, as longas negociações de sequestros ou conflitos, entre outras atribuições que cada concurso especifica em edital ao abrir vaga para determinados cargos.

“Estes critérios são necessários para que o órgão possa contratar pessoas que tenham graus físico, psíquico e intelectual suficientes para atender à sociedade”, explica o major Josias.

Confira as qualidades avaliadas em testes físicos de concursos públicos:

– Agilidade
– Flexibilidade
– Rapidez
– Resistência

Veja abaixo um infográfico produzido pelo G1 com dicas de treino: