Trabalhadores reclamam de salário

Há dois anos sem reajuste salarial, trabalhadores da rede hoteleira se queixam que mesmo qualificados não são reconhecidos.

Na rede hoteleira – a situação se inverte. Conforme os trabalhadores, a mão de obra é qualificada, mas os salários seriam baixíssimos. Segundo um recepcionista do ramo, de nome fictício Pedro Silva, as piores remunerações são justamente na área da recepção e telefonia.

“Nós temos um salário base de R$ 500,00, ou seja, abaixo do salário minimo. Esse é um dos menores salários do nosso país nesse setor”, diz Pedro, ao enfatizar que está cursando o bacheralado em lingua estrangeira e fala três idiomais (português, inglês e espanhol) e ainda assim tem um salário líquido que não chega aos R$ 600,00.

Ainda segundo ele, a maioria dos recepicionistas e telefonistas da rede hoteleira são bilíngues, alguns formados ou estudando turismo, outros língua estrangeira, mas as remunerações não acompanham essa qualificação. Além disso, segundo os estudantes da área, o mercado é restrito.

Já no final do curso de turismo, a aluna Fernanda Cristina Soares, 22 anos, resolveu transferir a graduação da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) para a Universidade Federal de Ouro Preto (MG), tendo em vista as possibilidades de trabalho.

“Eu trabalhei no trade turístico em João Pessoa e vi que o mercado é difícil e que não dá para se manter com o salário que você ganha aqui”, descreveu a estudante, comentando que em Minas busca um mercado mais amplo.

Conforme o presidente do Sindicato dos Empregados do Comércio Hoteleiro e Similares do Estado da Paraíba (Sindhotel-PB), há dois anos a categoria não tem reajuste do salário – que é equiparado ao mínimo. Atualmente, a remuneração base está em R$ 545.

“Também reivindicamos a mudança da data-base de maio, para novembrou ou até fevereiro”. Ele disse ainda que a categoria está em negociação com a classe patronal.