Formação deve ser contínua e inclui viagens para atualização

Fluência no idioma e conhecimento da cultura do país onde se quer trabalhar é fundamental para quem quer ser tradutor.

Para quem tem interesse em ingressar na profissão de tradutor, além de dominar o idioma, conhecer a cultura do país onde se quer trabalhar também é fundamental. Afinal, a língua nativa também carrega em si os hábitos de um povo e a tradução para outro idioma deve ser o mais fiel possível à língua traduzida.

Cursos de capacitação e manter contato constantemente com estrangeiros também auxiliam na qualificação desse profissional.

Graduado em Direito e um dos poucos especialistas em tradução do inglês jurídico na Paraíba, Jansen Alves atua na profissão há 18 anos e revela que se manter atualizado e acompanhar as mudanças culturais do idioma que se trabalha é importante para conquistar e fidelizar clientes no mercado. “O maior patrimônio de um país é a língua. Então, não tem como falar em tradução sem falar no conhecimento da cultura. Por isso, você deve manter contato com nativos, participar de conferências e, se possível, visitar o país com certa frequência para se reciclar”, indica.

Na opinião de Pérsio Burinski, o número de faculdades com cursos especializados para formar profissionais em tradução ainda é pequeno, sobretudo as áreas de pós-graduação. No Estado, a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) oferece, desde 2009, o curso de bacharelado em Tradução, o único no Nordeste.

O diretor da Millennium Traduções e Interpretações lembra ainda que atividades de estágio e prática do idioma com outros tradutores também ajuda na formação profissional. “Para os tradutores, o essencial é estudar textos traduzidos por outros profissionais para ajudá-los a entender como se traduz e os melhores usos das palavras e da língua em geral”.

Jansen Alves acredita que vale a pena investir na carreira e garante que o trabalho é recompensado, sobretudo quando o profissional escolhe uma área específica de atuação. “O mercado é muito amplo e você pode se especializar em uma única área. O inglês jurídico, por exemplo, é carente de profissionais. Mas, têm ainda pessoas que se especializam em quadrinhos, turismo, técnicas voltadas para a Marinha Mercante, entre outros”, sugere.