Autoridades lamentam morte de desembargador paraibano

Paulo de Tarso Benevides Gadelha, morreu na noite do último domingo (10) após ter lutado por cinco anos contra um câncer de pulmão.

Foi sepultado ontem, no cemitério Morada da Paz, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, o corpo do desembargador federal emérito do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) e ex-deputado estadual Paulo de Tarso Benevides Gadelha, com 70 anos. Ele morreu na noite do último domingo, no Hospital Santa Joana, no bairro da Boa Vista, no Recife, após ter lutado por cinco anos contra um câncer de pulmão. O prefeito de Sousa, André Gadelha, decretou luto oficial de três dias.

O vice-governador Rômulo Gouveia, através de sua assessoria, lamentou a morte de Paulo Gadelha. “O meu sentimento de pesar e a minha solidariedade pela perda do desembargador Paulo Gadelha”, disse o vice-governador da Paraíba.

Na Paraíba, várias autoridades falaram da importância de Paulo Gadelha para o universo jurídico, como literato, além da contribuição como parlamentar na Assembleia Legislativa da Paraíba. A presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, desembargadora Fátima Bezerra, disse que a sua morte foi uma perda irreparável para a magistratura brasileira e para a literatura. “Fisicamente, não é mais possível o convívio entre nós, entretanto, sua história permanecerá porque ele já era um imortal da Academia Paraibana de Letras”, disse.

De Brasília, o ministro Aguinaldo Ribeiro também lamentou a morte do desembargador. “A morte do desembargador Paulo Gadelha é uma perda para todos nós paraibanos. Ele deixou um legado de disciplina e sabedoria expressa em seus livros e no exercício das suas atividades na política e no Judiciário”, disse o ministro.
 

LUTO NA JUSTIÇA DA PB

O presidente do Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba (TRT), Carlos Coelho de Miranda Freire, disse que via Paulo Gadelha como um homem de multitalentos: “Advogado brilhante, trilhou pela política e escreveu livros que ajudaram a enriquecer o estudo do Direito.

Teve a carreira coroada com a chegada ao TRF da 5ª Região. Era um homem determinado, que enfrentou com bravura a luta contra o câncer.

À frente de seu tempo, escrevia com maestria textos com visão profunda sobre os temas do mundo e, especialmente, sobre o nosso Brasil".

A juíza federal Helena Fialho disse que a Justiça Federal está de luto pela morte de Paulo Gadelha e que os juízes federais vão propor que o Fórum Federal de Sousa passe a se chamar Paulo Gadelha.

“Acima de tudo, o desembargador Paulo Gadelha era um humanista e também escrevia muito bem. Com a sua morte, perdemos um pedaço da história e, por outro lado, a sua história começa a ser escrita”.