Para mim e para eu: saiba quais são as regras para o uso correto das palavras

Concursos geralmente colocam ‘pegadinhas’ sobre o uso das palavras que confundem muitos candidatos.

Arte: Iara Alves

As regras da língua portuguesa persistem em todos os aspectos da vida dos brasileiros. Seja no dia a dia, entre as conversas, que podem ser orais ou escritas, como também para estudantes, concurseiros, e por todas as pessoas que têm contato com a gramática. É o que acontece, por exemplo, com o uso de ‘para mim’ e ‘para eu’, muito comum em questões de provas.

De acordo com a professora Lorena Ponce de Leon, é preciso se atentar ao sentido das palavras e à relação delas com outras, a partir da função sintática, que vai determinar o uso adequado de cada uma.

Para evitar problemas com o uso de ‘para mim’ e ‘para eu’, Lorena explicou as diferenças cruciais para evitar erros.

Aprenda como usar “para mim”

A expressão ‘para mim’ deve ser usada quando assume a função de objeto indireto, ou seja, para quem se destina a ação.

Exemplos:

Ele fez isso para mim, não para você.
Quem fez? Ele.
Ele fez para quem? Para mim.

Ela vai dançar para mim no teatro.
Que vai dançar? Ela.
Ela vai dançar para quem? Para mim.

A expressão para mim não vem seguida de um verbo no infinitivo quando o pronome indica o sujeito da ação.
Desse modo, estão erradas as construções: para mim fazer, para mim aprender, para mim estudar, para mim ir.

Aprenda como usar “para eu”

‘Para eu’ deve ser usado quando assume a função de sujeito, ou seja, de quem pratica a ação.

Exemplos:

Esse trabalho é para eu fazer.
Quem vai fazer? Eu.

Ele pediu para eu cozinhar no almoço.
Quem vai cozinhar? Eu.

  • A expressão para eu vem sempre seguida de um verbo no infinitivo:

para eu fazer;
para eu ler;
para eu aprender;
para eu estudar;
para eu ir.