COTIDIANO
Acusado de atentado reage à prisão e é morto pela PM em Sapé
17ª Companhia da Polícia Militar de Sapé diz que agiu em legítima defesa ao matar homem suspeito de cometer tentativa de homicídio em bar.
Publicado em 28/03/2010 às 12:01
Karoline Zilah
A Delegacia de Polícia Civil do município de Sapé, na região da Zona da Mata paraibana, abriu um inquérito para apurar se foi adequada a conduta de policiais militares do 17ª Batalhão, que, na madrugada deste domingo (28), mataram um acusado de tentativa de homicídio.
O próprio comandante da operação, tenente Augusto, conversou com o Paraíba1 e explicou que precisou reagir em legítima defesa ao perceber que o acusado, embriagado, tentava golpeá-lo com um facão.
De acordo com a Polícia Militar, a confusão teve início quando Francisco de Oliveira Silva, de 29 anos, se envolveu em uma briga de bar e esfaqueou Thiago Luíz dos Santos, de 21 anos, atingindo-o no pescoço e no braço. Com base em informações da população, os policiais identificaram o acusado e chegaram até sua residência no bairro Nova Brasília, onde ele tentava se refugiar.
Segundo o tenente Augusto, por várias vezes ele ordenou ao acusado que se entregasse e abrisse a porta da casa. Não obtendo resposta, a equipe da PM arrombou a residência e invadiu. “Tive que tomar a decisão de entrar na residência, mas já encontrei o suspeito em posição de ataque. Fomos surpreendidos com uma foice. Como o espaço entre nossa equipe e ele era muito curto, tivemos que efetuar o disparo de pistola”, explicou o tenente.
Francisco de Oliveira ainda foi levado pelos próprios policiais até o hospital público da cidade, mas o tiro foi fatal. O corpo dele foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal de Sapé, onde será submetido a uma perícia e liberado para o enterro. Já o rapaz esfaqueado horas antes sobreviveu e continua internado.
Alguns moradores da cidade manifestaram opinião contrária à ação da PM. Uma testemunha que não quis se identificar falou ao Paraíba1 que achou a atitude injusta e que Francisco seria "um homem de bem".
O delegado Luiz Teixeira conduz as investigações sobre a conduta da Polícia Militar. Segundo ele, o tenente Augusto se apresentou por espontânea vontade para esclarecer os fatos. Há um prazo de 30 dias para que o inquérito seja concluído e aponte se os policiais terão que responder por homicídio.
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