COTIDIANO
Alvo de mandado de prisão na 'Famintos 2', empresário se apresenta à Polícia Federal
Publicado em 26/08/2019 às 11:43 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:42
Angelo Felizardo do Nascimento passou por audiência de custódia e teve a prisão preventiva mantida pela 4ª Vara da Justiça Federal
O empresário Angelo Felizardo do Nascimento, único alvo da 'Operação Famintos 2' que não havia sido localizado pela Polícia Federal durante a ação policial na última quinta-feira (22), decidiu se apresentar na delegacia da PF na manhã desta segunda-feira (26). Ele passou por audiência de custódia e teve a prisão mantida pelo juiz da 4ª Vara da Justiça Federal, Vinícius Costa Vidor.
De acordo com as investigações do MPF, Angelo teria se beneficiado com o suposto esquema de loteamento' na distribuição de alimentos para escolas municipais de Campina Grande. "Apurou-se, também, a existência do subgrupo de Angelo Felizardo do Nascimento, sendo ele uma das pessoas que participa do ajuste fraudulento organizado para lotear o fornecimento de merenda às escolas de Campina Grande. De fato, analisando a movimentação financeira da pessoa jurídica Arnóbio Joaquim Domingos da Silva, utilizada pelo grupo criminoso, verifica-se que há dezenas de transferências feitas em favor de Angelo Felizardo do Nascimento ou de sua empresa homônima, que totalizaram a quantia de R$ 317.642,19 (trezentos e dezessete mil, seiscentos e quarenta e dois reais e dezenove centavos) entre maio de 2017 e janeiro de 2019", relata a representação feita pelo MPF.
A 'Famintos 2'
A Segunda fase da Operação Famintos tem a participação da Controladoria-Geral da União (CGU), da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF). O objetivo é combater a prática de crimes de fraude à licitação, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e de corrupção, na aquisição de gêneros alimentícios e merenda escolar para alunos da rede municipal de ensino de Campina Grande.
A investigação iniciou-se a partir de representação autuada no MPF relatando a ocorrência de irregularidades em licitações realizadas para a compra de merenda escolar por meio de verbas oriundas do PNAE, mediante a contratação de empresas “de fachada”, o que deu ensejo à primeira fase da Operação.
Considerando as informações e a documentação colhidas na primeira fase da operação, existiu o aprofundamento dos trabalhos pelos órgãos parceiros (CGU, MPF e PF), constatando-se que os investigados, além de fraudarem as licitações, promoviam a combinação entre si para a divisão irregular do fornecimento dos gêneros alimentícios para as escolas da rede municipal de ensino de Campina Grande.
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