icon search
icon search
home icon Home > cotidiano
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

COTIDIANO

Baile funk no interior de SP financiava quadrilha

Bailes funk realizados nas periferias do Rio de Janeiro (RJ) estão sob vigilância policial. Segundo o Ministério Público, há indícios que os eventos financiava gangue do narcotráfico.

Publicado em 06/04/2009 às 8:07

Do G1
Com informações do Fantástico

Gravações ajudaram a Justiça paulista a prender e a condenar na semana que passou integrantes de uma facção criminosa que age a partir dos presídios.

Usando interceptações telefônicas com autorização judicial, polícia e Ministério Público descobriram que um baile funk, realizado em uma chácara na periferia de São José do Rio Preto, a 438 km de São Paulo, em março do ano passado, foi planejado por um preso para arrecadar dinheiro e financiar ações criminosas.

E na quinta-feira passada (2), as quadrilhas dos presídios paulistas sofreram outro golpe: 22 pessoas foram presas e acusadas de chefiar o tráfico de drogas na região de Taubaté, a 140 km de São Paulo.

No baile pancadão de São José de Rio Preto, uma das músicas da trilha sonora tinha a seguinte letra: ‘Ação criminosa coletiva revolucionária. Na desonra, o fuzil canta e estraçalha’. Na maioria das músicas o mesmo tema: os crimes das quadrilhas que agem dentro e fora dos presídios paulistas.

No baile funk, o público de cerca de 250 pessoas tinha acesso fácil à bebida alcoólica e drogas, como crack, cocaína e maconha. O preço da entrada era de apenas R$ 20.

“Nós constatamos, infelizmente, uma presença muito grande menores. Também foram encontrados detentos do Instituto Penal Agrícola no regime semiaberto que saíram em saída temporária e estavam lá também para enaltecer o vento no caso”, disse o promotor João Santa Terra.

Fazendo apologia à violência, a festa dos bandidos acabou. No dia marcado, 21 de março do ano passado, a polícia invadiu o sítio, que tinha sido alugado pelos criminosos. “Semanas antes da nossa operação, houve outro baile no mesmo local, com drogas e álcool excessivo”, disse o promotor.

Para anunciar a nova noite do pancadão, cartazes foram espalhados pela cidade. No cartaz, constava o nome do idealizador do baile funk, conhecido como ‘Perturbado’. O detalhe é que ele mesmo não poderia participar, já que está preso na cadeia de Mirandópolis, a 607 km de São Paulo, onde cumpria pena por roubo.

Uma das músicas tocadas na noite do pancadão deixa evidente que o baile foi organizado para arrecadar dinheiro para a facção criminosa. “A missão de quem está fora é ajudar quem está lá dentro”, diz a letra.

“Uma coisa é certa: eles falam, o dinheiro é da família, é do partido. Ou seja, a denominação da facção criminosa”, afirmou Santa Terra. Esta semana a Justiça condenou o preso e, em uma decisão inédita, a mãe dele, a ex-namorada e mais duas pessoas que ajudaram a organizar o baile, do lado de fora da cadeia. As penas vão de dois a 14 anos de prisão.

“Eles começaram a vender convites. Qualquer pessoa que colabora com uma quadrilha, ela deve ser responsabilizada também porque a destinação é ilícita”, afirmou o promotor.

Rifas

E na quinta-feira, 22 duas pessoas foram presas, acusadas de chefiar o tráfico de drogas na região de Taubaté. “Cada um tinha o seu papel nessas facções criminosas. Um atuava na parte financeira. Foi muito importante essa ação nossa”, disse o delegado Roberto Martins.

Nesse caso, escutas telefônicas autorizadas pela Justiça mostraram que, além da venda de cocaína, os criminosos arrecadavam dinheiro também de uma forma inusitada: com rifas. Em uma das conversas, um criminoso fala, de dentro da cadeia, qual será o prêmio.

- Vale uma televisão de 14 polegadas.
- Da hora, irmão, entendeu?
- É dez real (sic) o nome, né, velhinho?
- É dez real (sic).


Anotações mostram a movimentação financeira dos criminosos. Em um dos cadernos, a polícia descobriu que, entre os prêmios das rifas, havia até cinco carros.

Para o Ministério Público, a condenação dos organizadores do baile funk na região de São José do Rio Preto é um aviso da Justiça. Ajudar bandido a conseguir dinheiro é uma atitude que não pode ser tolerada.

“Essa sentença pode servir de exemplo para outros magistrados também terem a mesma postura na tarefa árdua que é combater o crime organizado. Qualquer pessoa que colabora com uma quadrilha, ela deve ser responsabilizada também”, finalizou o promotor Santa Terra.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp