COTIDIANO
Bando tranca vítima após sequestro em CG
A vítima foi encontrada por moradores após ficar presa por quase três horas no porta-malas do próprio carro.
Publicado em 06/01/2012 às 6:30
Uma assistente social de 38 anos viveu momentos de pânico ao ser rendida por quatro homens armados no bairro do Alto Branco e se tornar mais uma vítima de sequestro relâmpago em Campina Grande. Após circular por várias ruas da cidade, o bando abandonou a vítima trancada no porta-malas do carro dela e fugiu. Ela só foi resgatada na madrugada de ontem, após ter ficado presa por quase três horas.
O carro foi encontrado após a meia-noite num campo de futebol localizado por trás de uma faculdade particular no bairro de Jardim Tavares. Uma moradora da área ouviu os gritos e decidiu chamar a polícia. “A gente só conseguia ouvir uns gritos abafados, mas não dava pra saber onde era. Quando meu filho foi olhar, percebeu que vinha do carro e fomos pedir ajuda”, relatou a testemunha que não quer se identificar.
Além das marcas deixadas pelo trauma, a vítima relata que ficou com as mãos inchadas de tanto bater na parte interna do porta-malas para pedir ajuda. Ela precisou quebrar as lanternas para conseguir respirar e não morrer asfixiada. “Achei uma chave de roda na mala e comecei a bater. Quebrei a lanterna de luz e comecei a gritar pela brecha, até porque não havia nenhuma ventilação”, relatou a vítima que pediu para ter a identidade preservada.
A ação dos sequestradores começou por volta das 20h30, quando a assistente social se preparava para sair de casa, na rua Estelita Cruz. Após abrir a porta da garagem, a vítima foi surpreendida com a chegada de um carro preto que parou fechando a passagem. Três homens desceram e anunciaram o assalto. A jovem foi rendida e colocada no banco de trás do próprio carro, onde foi mantida sobre a ameaça.
Um dos bandidos assumiu a direção, enquanto os outros dois também entraram no carro. Eles começaram a circular pela cidade, sendo seguidos pelo veículo usado pelos bandidos, que continuou dando cobertura à ação.
DINHEIRO
Os bandidos faziam ameaças, afirmando que vítima tinha dinheiro. “Eles queriam R$ 5 mil, diziam que já tinha alguém de olho em mim e que sabiam que eu tinha uma sacola com dinheiro, o que não é verdade. Um deles era bastante agressivo e dizia que ia me matar e depois invadir minha casa pra levar tudo o que eu tinha de valor”, contou.
Tranquila, a assistente social conseguiu mostrar aos bandidos que não possuía o montante que eles queriam e entregou tudo o que tinha, uma bolsa contendo um celular e cerca de R$ 500,00.
Eles então procuraram um lugar para abandoná-la e os bandidos ainda ameaçaram deixá-la dopada.
A Polícia Militar resgatou a vítima e fez buscas, mas ninguem foi preso.
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