COTIDIANO
Centro 8 de Março diz que falta de denúncias eleva estatísticas
De acordo com a coordenadora, a violência contra a mulher perpassa todas as classes sociais, entretanto, nas mais elevadas as mulheres ainda temem denunciar o agressor.
Publicado em 21/06/2012 às 8:00
A coordenadora do Centro da Mulher 8 de Março, Irene Marinheiro, atribui o grande número de assassinato de mulheres à falta de denúncias. “Em levantamento feito no Centro, nós percebemos que dessas mulheres assassinadas este ano na Paraíba apenas duas ou três haviam denunciando agressões à polícia. Essa mulheres amam e sofrem dependência emocional. Elas acham sempre que o agressor vai mudar, o que não é verdade”, disse Irene Marinheiro.
De acordo com a coordenadora, a violência contra a mulher perpassa todas as classes sociais, entretanto, nas mais elevadas as mulheres ainda temem denunciar o agressor.
A Paraíba conta atualmente com dois juizados especializados em violência doméstica, além de nove delegacias especializadas.
“Nós queremos agora uma delegacia especializada em Monteiro e em Pombal, que são áreas descobertas”, concluiu Irene.
A secretária da Mulher e da Diversidade Humana, Iraê Lucena, afirmou que a Paraíba conta com uma rede de atendimento à mulheres vítimas de violência, em pleno funcionamento. “Em parceria com a Secretaria de Segurança e Defesa Social do Estado, nós estamos analisando a possibilidade de implantar nas delegacias distritais dos municípios um serviço de atendimento especial às mulheres”, disse Iraê. Na Paraíba, as mulheres vítimas de violência doméstica podem ser acolhidas em uma Casa Abrigo, em João Pessoa, e no mês de agosto uma nova casa deverá ser inaugurada em Campina.
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