COTIDIANO
Cinco mortes sõ registradas em CG
A Polícia Civil investiga o motivo dos crimes devido a possíveis acertos de contas com o tráfico de drogas. Ninguém foi preso.
Publicado em 17/01/2012 às 8:00
O final de semana foi marcado pela violência em Campina Grande. Cinco pessoas foram assassinadas entre a tarde do último domingo e a madrugada de ontem, elevando para 17 o número de homicídios este ano na cidade.
A Polícia Civil investiga o motivo dos crimes devido a possíveis acertos de contas com o tráfico de drogas. Ninguém foi preso.
Ontem, dois irmãos albergados da Casa de Detenção do Monte Santo foram mortos a tiros, pouco após sair do local.
O duplo homicídio ocorreu em frente à Igreja de Bodocongó, na rua Aprígio Veloso, por volta das 5h30. Arinaldo Paes dos Santos, de 33 anos, vulgo ‘Duquinha’, e Inácio Paes dos Santos, de 22, conhecido como ‘Inacinho’, tinham acabado de sair do albergue. Quatro homens armados em duas motos, de cor e placas não identificadas, se aproximaram atirando contra as vítimas. Eles foram alvejados por pelo menos 15 tiros de pistola 380 e morreram no local.
Maria José da Silva, 36 anos, conhecida por ‘Betinha’, foi morta com oito tiros de arma de fogo no bairro do Monte Castelo. O homicídio aconteceu próximo à residência da vítima, na rua Abdedon Licarião, às 15h30 de domingo. Ela estava em uma bicicleta quando começou a ser perseguida por dois homens não identificados que efetuaram os disparos. De acordo com a Polícia Militar, Maria José seria usuária de drogas e é acusada de cometer pequenos delitos naquele bairro.
No bairro do Verdejante, o comerciante e ex-presidiário, Tomé Vieira da Silva, 24 anos, estava bebendo com amigos próximo à sua casa quando foi assassinado com 14 tiros de pistola 380. O crime ocorreu na rua Raúl Pereira dos Santos, por volta das 19h50. Nenhuma testemunha deu maiores informações à polícia.
A vítima residia em Campina Grande há três meses. Ele era natural do Estado do Ceará, onde havia cumprido pena por homicídio.
Já no bairro do Pedregal, Janduí da Silva Nogueira, 46 anos, foi assassinado com cinco tiros de arma de fogo. O homicídio aconteceu às 14h15 do domingo. A vítima estava na rua Santa Lúcia, próximo ao canal do bairro, quando se aproximaram dois homens a pé e efetuaram os vários disparos. Ele morreu na hora.
Em nenhum dos casos os acusados foram detidos ou identificados pela polícia. Segundo o delegado de homicídios Francisco de Assis, a maioria das mortes tem relação com o tráfico de drogas e a vida pregressa das vítimas. “Os dois irmãos albergados foram assassinados provavelmente por acerto de contas. O homicídio no Verdejante foi uma vingança. A mulher assassinada tinha débitos com traficantes. Apenas a morte no Pedregal não teve relação com o mundo do crime, sabemos apenas que a vítima bebia muito”, informou o delegado.
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