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COTIDIANO

Enem 2018: Música de Arnaldo Antunes motiva questão sobre análise de texto

Publicado em 01/10/2018 às 7:00

https://www.youtube.com/watch?v=HFgi79BbrxI


				
					Enem 2018: Música de Arnaldo Antunes motiva questão sobre análise de texto
Música Envelhecer (Arnaldo Antunes/Ortinho/Marcelo Jeneci)

A coisa mais moderna que existe nessa vida é envelhecer A barba vai descendo e os cabelos vão caindo pra cabeça aparecer Os filhos vão crescendo e o tempo vai dizendo que agora é pra valer Os outros vão morrendo e a gente aprendendo a esquecer Não quero morrer pois quero ver como será que deve ser envelhecer Eu quero é viver para ver qual é e dizer venha pra o que vai acontecer

(...)

Pois ser eternamente adolescente nada é mais *démodé com os ralos fios de cabelo sobre a testa que não para de crescer Não sei por que essa gente vira a cara pro presente e esquece de aprender Que felizmente ou infelizmente sempre o tempo vai correr.

(...)

*démodé: fora de moda.

Fonte: site oficial de Arnaldo Antunes

Assinale a alternativa que apresenta uma inferência correta.

  1. a) A expressão “vira a cara para o presente”, no verso 8, foi utilizada no sentido de encarar fixamente o presente.
  2. b) O eu lírico destaca, nos versos de 2 a 4, apenas as perdas físicas que caracterizam a chegada da velhice.
  3. c) Conservar os cabelos longos, quando já estão ralos devido à calvície, é uma atitude fora de moda.
  4. d) No verso 1, é possível perceber uma alusão ao aumento da expectativa de vida na modernidade, já que envelhecer tornou-se comum.

Resposta: [D]

A expressão “vira a cara para o presente” afirma o contrário, isto é, manifesta uma recusa em encarar o presente. Assim, a alternativa [A] está incorreta.

A alternativa [B] também está incorreta, já que não são apenas as perdas físicas que são assinaladas. O eu lírico também menciona o crescimento dos filhos (verso 3) e a perda de pessoas queridas (verso 4) como características da chegada da velhice.

Igualmente incorreta é a alternativa [C], pois o termo “mais” tem sentido de “nunca”, o que elimina o entendimento de que isso esteja fora de moda.

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Alô Concurseiro

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