COTIDIANO
Detentos aproveitam rebelião no Roger para tentar fugir
Na rebelião com incêndio desta sexta-feira (23), morreram 6 detentos e mais de 50 saíram feridos. Samu e Trauma fazem atendimento exclusivo às vítimas do presídio.
Publicado em 23/10/2009 às 11:32
Karoline Zilah
Policiais que estão tentando controlar uma rebelião no Presídio do Roger, em João Pessoa, informaram que detentos aproveitaram a situação de caos tentar fugir da penitenciária. No local, também foi encontrado um túnel inacabado, mas ainda não há confirmação se realmente houve fuga por ele.
O repórter Jorge Filho, da rádio 101 FM, está no local e conferiu pessoalmente o túnel com cerca de 2 metros de comprimento, que estava sendo cavado de fora para dentro do presídio. Segundo informações policiais, houve a tentativa, mas não se sabe ainda quantos detentos teriam conseguido escapar.
O corre-corre é grande no local. Até o momento, as informações oficiais de delegados são de que cinco presos morreram e 59 estão feridos, muitos deles apresentando queimaduras de segundo grau.
Eles ainda estão sendo socorridos e transferidos para o Hospital de Emergência e Trauma, que preparou uma operação especial para poder receber todos eles na Unidade de Terapia de Queimados.
O delegado Manoel Idalino confirmou que o tumulto começou no pavilhão 3, quando detentos colocaram fogo em colchões e causaram um incêndio. As vítimas mais prejudicadas foram os próprios detentos que atearam fogo, porque eles não conseguiram sair do local a tempo.
Causas
A principal hipótese para a causa da rebelião são de que uma visita íntima teria sido suspensa, causando revolta nos detentos.
Outra linha de investigação é de que a rebelião possa ter sido motivada após a morte de um agente penitenciário do Roger envolvido em um triplo homicídio na quinta-feira (23). De acordo com a polícia, Ednaldo de Assis Oliveira atuava como pistoleiro e foi morto ao lado do irmão logo depois de executar um preso do regime semiaberto da cadeia pública de Santa Rita.
PB-I
O diretor da penitenciária de segurança máxima PB-I, em Jacarapé, negou os boatos de que esteja ocorrendo um princípio de motim no local. "Até o momento, tudo está na mais perfeita paz", declarou João Carlos Alves de Albuquerque.
O Batalhão de Choque invadiu o presídio, mas somente como medida preventiva, o início de motim não foi confirmado.
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