COTIDIANO
‘Diálogo não se faz com cães e polícia em cima dos prefeitos’, diz Dilma
Pré-candidata defendeu política de desoneração de tributos contra a crise. Segundo ela, no governo anterior prefeitos eram recebidos por cachorros.
Publicado em 19/05/2010 às 12:40
Do G1
A pré-candidata à Presidência da República pelo PT, Dilma Rousseff, criticou, durante sabatina da Confederação Nacional dos Municípios, a relação entre o governo federal durante o mandato de Fernando Henrique Cardoso e os prefeitos. Ao defender o diálogo e a política de redução de tributos adotada pelo governo atual, Dilma fez uma referência à forma como prefeitos foram recebidos por FHC quando tentaram uma audiência com o presidente em 1998.
“Sou a favor do diálogo para discutir distribuição dos ônus e bônus. Isso não se faz nem com cães nem com a polícia em cima dos prefeitos”, atacou. Nesta terça (18), também durante a 13ª Marcha dos Prefeitos, realizada pela CNM, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, criticou a forma como os governantes locais eram recebidos na gestão passada. “Em 1998, quando teve a primeira marcha dos municípios, os prefeitos vieram ao Congresso Nacional e tentaram fazer uma reunião com o presidente da República na época e foram recebidos com cachorros. [Houve uma] mudança na relação federativa, que o presidente [Lula] estabeleceu a partir de 2003”, disse.
Dilma discursou para uma plateia de mais de mil prefeitos em um hotel às margens do Lago Paranoá, em Brasília. A exemplo do pré-candidato do PSDB, José Serra, e da pré-candidata do PV, Marina Silva, ela foi recebida de pé e com aplausos ao entrar no auditório. A pré-candidata do PT teve dois minutos para fazer uma saudação aos prefeitos antes de começar a responder as questões elaboradas pela CNM, organizadora do evento.
A pré-candidata do PT foi a última a ser sabatinada na manhã desta quarta. Ela respondeu as mesmas questões apresentadas a Serra e Marina, que são apresentadas em uma gravação de áudio, para evitar diferenciação. A ordem foi definida por sorteio e o critério de escolha dos concorrentes foi definido pela CNM a partir da pesquisa do Instituto Datafolha, que apontou os três concorrentes mais bem colocados na disputa pelo Palácio do Planalto.
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