COTIDIANO
Egito é condenado pela ONU por violência contra manifestantes
A estimativa é que 33 pessoas tenham morrido e mais de duas mil tenham ficado feridas em três dias de manifestações no país.
Publicado em 24/11/2011 às 8:00
A alta comissária para Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Navi Pillay, condenou ontem a atuação das forças de segurança egípcias contra os manifestantes que protestam na Praça Tahrir, no centro do Cairo. A estimativa é que 33 pessoas tenham morrido e mais de duas mil tenham ficado feridas em três dias de manifestações no país. Informações são da Agência Brasil.
A comissária pediu ainda um inquérito independente a respeito das mortes. "Peço às autoridades egípcias que encerrem o uso claramente excessivo de força contra os manifestantes na Praça Tahrir e em outros lugares do país, incluindo o aparente uso indevido de gás lacrimogêneo, balas de borracha e munição", informou Pillay.
No Egito, os manifestantes reivindicam o fim do governo da Junta Militar, que assumiu o controle do país desde a queda do presidente Hosni Mubarak – em 11 de fevereiro. Para os civis, os militares mantêm privilégios e ações que marcaram o governo Mubarak.
PROMESSA
A promessa de antecipar a eleição presidencial para o primeiro semestre de 2012 e de realizar um referendo sobre a transferência imediata do poder provisório para os civis não foi suficiente para acalmar as centenas de milhares de manifestantes que ocupam a praça Tahrir. Milhares de pessoas permaneceram ontem no local para exigir a saída dos militares do governo, apesar da promessa do marechal Hussein Tantaui de entregar o poder a um presidente eleito em 2012.
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