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COTIDIANO

Espanha suspende investimentos em território argentino

Após decisão da presidente argentina de expropriar a YPF, outras empresas espanholas estão suspendendo investimentos no país.

Publicado em 19/04/2012 às 6:30

O processo de desgaste entre Espanha e Argentina foi acentuado ontem com a decisão da empresa de tecnologia em energia espanhola N2S de suspender os investimentos em território argentino. A medida foi tomada em reação à decisão do governo da presidenta Cristina Kirchner de expropriar a petrolífera YPF, administrada pela companhia espanhola Repsol. O assunto é tema de sessão no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, na França. Informações são da Agência Brasil.

O diretor-geral e sócio fundador da N2S, Francisco de la Peña, disse que a empresa tinha o propósito de montar até o final deste ano uma filial na Argentina com 20 pessoas. O objetivo, segundo ele, era comercializar os produtos e ampliar as parcerias. A ideia era transformar essa filial em um centro de contatos para o restante da América Latina.

A N2S é a primeira empresa espanhola a suspender os investimentos na Argentina, depois da decisão de Cristina de expropriar a YPF. A N2S é uma companhia de tecnologia em energia, criada em 2006, com participação de vários países, como Brasil e Portugal.

O Senado da Argentina discute o plano de expropriação, enviado por Cristina Kirchner. Pelo texto, em discussão no Congresso Nacional da Argentina, 51% das ações da empresa petrolífera serão expropriados. O governo federal ficará com 26,06% e as regiões produtoras, com 24,99%. Os 49% restantes serão de responsabilidade das províncias (estados), nos quais a empresa atua.

O governo argentino alega que a empresa Repsol, que administra a YPF, cometia uma série de irregularidades, como violações ao meio ambiente. As autoridades informaram que não pagarão o valor exigido pelos empresários espanhóis pela expropriação. A iniciativa da Argentina gerou uma série de contestações na Espanha. As autoridades espanholas condenaram a medida e prometem levar o caso à Justiça internacional. Para as autoridades, a decisão ameaça a relação de cordialidade entre os dois países.

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Jornal da Paraíba

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