COTIDIANO
Falso médico é preso no Sertão da Paraíba
Além de trabalhar na cidade de Teixeira, o acusado também atuou no município de Cacimbas por duas semanas.
Publicado em 28/08/2014 às 9:00 | Atualizado em 11/03/2024 às 11:01
Após denúncias de duas prefeituras do Sertão paraibano, a Polícia Militar (PM) prendeu um homem acusado de exercício ilegal da medicina, que há cerca de um mês atendia pacientes do Hospital Sancho Leite, na cidade de Teixeira. Clayton Damasceno da Silva, 33 anos, estava utilizando o registro de outro médico no Conselho Regional de Medicina (CRM) e também apresentou cópias de documentos falsos à Secretaria de Saúde do município, chegando a receber pelo trabalho desempenhado no mês de julho.
Conforme a PM, o acusado também atuou no município de Cacimbas por duas semanas, e disse aos policiais ser agente penitenciário do Estado de São Paulo, informação ainda não confirmada pela Polícia Civil. Após ser preso na manhã de ontem, dentro do hospital de Teixeira, quando iria assinar o contrato com a Secretaria de Saúde, o acusado disse ter cursado Medicina por cerca de quatro anos, não tendo concluído o curso em uma faculdade particular por falta de recursos, informação que também está sendo apurada.
"Recebemos a denúncia da promotoria, feita pelas duas secretarias de Saúde, e no momento em que o acusado estava no hospital nós encaminhamos uma equipe para prendê-lo. Ao ser abordado, ele manteve a versão que era médico, mas fizemos uma vistoria no veículo dele, onde encontramos o seu verdadeiro documento. Só depois disso ele confessou", explicou o major Rômulo.
Segundo ele, a polícia só conseguiu chegar ao acusado porque as secretarias municipais desconfiaram do acusado, que não apresentou a documentação exigida para a confirmação do contrato. "Ele entregava apenas cópias de documentos falsos e, diante da cobrança dos originais, deixou de atuar em Cacimbas, alegando que não estava conseguindo conciliar o trabalho", acrescentou o major Rômulo.
De acordo com a PM, o registro no CRM utilizado por Clayton é o de um médico com nome semelhante. As primeiras investigações apontam que o médico que tem registro no CRM está aposentado e não tinha conhecimento do uso do seu registro por outra pessoa.
Após a prisão em flagrante por falsidade ideológica, Clayton foi encaminhado para a cadeia pública de Teixeira, onde ficará à disposição da Justiça e da Polícia Civil, que apura como o acusado teve acesso ao registro profissional.
A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA procurou as prefeituras de Teixeira e Cacimbas, mas ninguém foi localizado para falar sobre o assunto.
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