COTIDIANO
Feridos em trem passam de 700
Além dos feridos, dos quais 46 permanecem internados, o acidente com o trem de passageiros na Argentina, deixou 50 mortos.
Publicado em 24/02/2012 às 6:30
A batida de um trem de passageiros em uma estação em Buenos Aires deixou ao menos 703 feridos, dos quais 46 ainda estão internados, informou o governo argentino ontem. O acidente ocorrido anteontem matou 50 pessoas. O trem se chocou contra uma plataforma da estação terminal de Once, no centro da capital argentina. De acordo com o subsecretário de Direitos Humanos, Claudio Avruj, e o diretor da Defesa Civil, Daniel Russo, 11 mortos ainda não foram identificados – seis homens e cinco mulheres.
Em meio a ondas de críticas a falhas no sistema ferroviário, o governo argentino ainda tenta tranquilizar parentes que se aglomeram em hospitais e necrotérios em busca de familiares desaparecidos.
Quase todas as pessoas mortas e gravemente feridas foram encontradas no primeiro e no segundo vagões da composição, que ficaram um sobre o outro. As autoridades apuram as causas do acidente.
O último acidente grave aconteceu há três meses, quando seis meninas e dois professores de uma escola católica morreram depois que o ônibus em que viajavam para um retiro espiritual foi atingido por um trem de carga, na cidade de Zanjitas. Pouco antes, em setembro, outro acidente envolvendo um ônibus e dois trens deixou 11 mortos e mais de 200 feridos. Em 2011, cinco acidentes envolvendo trens deixaram 23 mortos e cerca de 300 feridos no país.
A maior tragédia ferroviária da história argentina aconteceu em 1970, quando uma batida entre dois trens causou a morte de 236 pessoas, no norte de Buenos Aires. O segundo acidente mais grave ocorreu em 1978. Um caminhão colidiu com uma vagão, deixando 55 mortos.
Além da falta de segurança nas linhas ferroviárias, os passageiros reclamam da superlotação e dos atrasos constantes na rede, que é operada por empresas privadas.
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