COTIDIANO
Gerente da ECT é vítima de golpe
Por telefone, bandidos ameaçaram atacar a agência e matar todos, obrigando o gerente a transferir valores altos para uma conta.
Publicado em 26/01/2012 às 6:30
Um golpe já conhecido dos paraibanos vitimou desta vez o gerente dos Correios na cidade de Barra de São Miguel, na região do Cariri paraibano. Através de uma ligação telefônica um homem conseguiu ludibriar o gerente a realizar pelo menos seis transferências bancárias para contas de terceiros, no valor de R$ 30 mil, resultando em um montante estimado em cerca de R$ 180 mil. A Polícia Federal desconfia que presidiários de outros Estados praticaram o crime.
De acordo com o diretor regional em exercício dos Correios na paraíba, Emanuel Francisco de Melo Neto, os bandidos teriam tentado aplicar o golpe em mais duas agências no mesmo dia, em cidades que não tiveram os nomes divulgados, mas não teriam conseguido êxito.
Uma sindicância interna será aberta pela Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), com o objetivo de apurar a conduta e responsabilidade do gerente.
De acordo com a Polícia Federal, parte do valor transferido foi sacado pelo estelionatário, mas o restante da quantia (não informada) chegou a ser recuperado. Segundo o relato policial, o gerente de 25 anos recebeu uma ligação anônima com ameaças de que, caso não fossem transferidos os valores pedidos pelo bandido, a agência seria alvo de um ataque e todos os funcionários seriam assassinados.
Devido ao temor de uma ação criminosa, a sede dos Correios em Barra de São Miguel permanece fechada há dois dias. O inquérito para investigar as responsabilidades no caso ainda será instaurado pela Polícia Federal, que deverá ouvir o gerente da agência.
Segundo o delegado chefe da PF em Campina Grande, Adriano Oliveira, a suspeita recai sobre um golpe com o qual os paraibanos já estão familiarizados: detentos que fazem chamadas originadas de dentro de cadeias e aplicam falsos golpes.
“Isso é coisa de gente dentro dos presídios de fora da Paraíba.
Nem toda a transferência conseguiu ser sacada, mas todos os saques foram em outros Estados. Vamos ainda instaurar o inquérito e ouvir o gerente. Sabemos que já havia circulado um e-mail avisando aos gerentes sobre esse tipo de fraude, então vamos ter que analisar se ele não teve culpa, pois deveria saber que era um golpe”, alertou o delegado.
Comentários