COTIDIANO
GOE prende acusado de sequestro relâmpago em João Pessoa
Casal chamou taxi depois sequestrou motorista, de quem foram roubados todos os pertences nesta quinta. Delegado dá dicas para evitar ser vítima deste crime.
Publicado em 04/03/2010 às 18:51
Da Redação
Erivaldo Rufino Bispo, de 21 anos, foi preso pelo Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil (GOE) por volta das 13h30 desta quinta-feira (4) na Comunidade do Timbó, em João Pessoa. Ele é acusado de, junto com uma mulher ainda não identificada, praticar o sequestro relâmpago do taxista Wilson Ferreira da Silva Filho na noite da quarta-feira (3).
Segundo informações da Polícia, o casal teria feito uma corrida do Bairro José Américo até o bairro de Quadra Mares com o taxista, quando o assalto foi anunciado. O acusado, também conhecido como Júnior Monteiro, teria roubado todos os pertences de Wilson Ferreira. Logo que foi liberado, o taxista procurou a Polícia.
Ainda de madrugada, policiais do GOE, sob o comando do delegado Wallber Virgolino, iniciaram as buscas e encontraram o preso na Comunidade do Timbó. Ele foi levado para a Central de Polícia Civil, onde aguarda posição do Poder Judiciário. A mulher que também participou da ação criminosa ainda está sendo procurada.
De acordo com a Polícia, cerca de três casos de sequestros relâmpagos são registrados quase todas as noites na grande João Pessoa, mas as vítimas temem prestar queixa com medo de sofrerem represálias por parte dos bandidos. Nesse tipo de crime, o alvo dos bandidos é sempre tomar o carro da vítima e seus pertences. A pessoa é levada para um local ermo e depois abandonada.
O delegado Wallber Virgolino aproveitou o ocorrido para, através de nota à imprensa, passar dicas de como não ser vítima de sequestro relâmpago. Confira abaixo:
1. Jamais converse com estranhos na rua;
2. Carregue apenas um cartão de crédito na carteira e só porte o cartão de banco, quando for usá-lo realmente e decore a senha. Lembre-se que levar muitos cartões é sinônimo de riqueza para os marginais;
3. Procure ter uma conta bancária em um banco mais popular e não solicite cheque especial. Deixe uma pequena quantia disponível para os pagamentos semanais e procure não ter aplicações financeiras, nesse estabelecimento bancário, para que não apareça em seu extrato sua condição econômica;
4. Crie o hábito de levar dinheiro na carteira para pagar pequenas contas diárias;
5. Não carregue o talão de cheques com você, leve somente duas ou três folhas cruzadas. Cruze todas as folhas de seu talonário de cheque para evitar o saque na boca do caixa. Carregue apenas algumas folhas.
6. Evite sacar dinheiro em caixas eletrônicos, principalmente à noite, pois dificilmente você terá condições de saber se alguém está à espreita.
7. Jamais permaneça dentro ou ao lado de veículo estacionado na rua. Se estiver esperando alguém, tranque o automóvel, atravesse a rua e aguarde a chegada de seu amigo ou parente em segurança.
8. Evite, a todo custo, dar informações importantes por telefone; oriente seus familiares, empregados e funcionários para não responderem a perguntas relacionadas com os bens, patrimônio, viagens, horários de chegada ou saída e outras perguntas suspeitas; mesmo quando a pessoa se disser amiga, funcionária ou alegar parentesco com alguém da família.
9. Sempre suspeite dos telefonemas solicitando determinadas informações sobre: nome dos moradores, notícia sobre viagens, promessas de prêmios ou negócios em geral, interesses sobre os hábitos da casa e outros pormenores.
10. Evite exibir ou comentar publicamente ou na presença de empregados e funcionários os valores dos seus bens, planos de viagens, aquisições de imóveis ou bens de grande valor.
11. Instrua as crianças, e os empregados de confiança, sobre a importância de não comentar com pessoas estranhas sobre os hábitos da casa, trabalhos ou rotinas da família.
12. Não deixe anotações sobre negócios, extratos bancários ou talonários de cheques em lugares que possam ser vistos por empregados ou funcionários da sua empresa.
13. Jamais guarde as chaves da sua casa ou empresa nos locais de costume (dentro de vasos, debaixo de capachos, dentro de caixa de correios e similares). O melhor é deixar sempre cópias com algum familiar de confiança para o caso de emergência.
14. Não coloque qualquer identificação (nome, endereço ou telefone em seu chaveiro) e, caso perca suas chaves, mande trocar o segredo das portas imediatamente e faça novas chaves. Você nunca saberá se as perdeu ou se foi roubado por um futuro sequestrador.
15. Não estacione seu veículo em locais ermos ou zonas onde os riscos de um sequestro relâmpago sejam grandes. Utilize estacionamentos pagos e com guardas que fazem segurança do local.
16. Procure variar dia a dia suas rotas, o local onde estaciona o seu veículo etc. Muitos sequestradores selecionam suas vítimas por suas rotinas inflexíveis. Quando notam que suas prováveis presas mudam sua rotina, abandonam seus planos e partem para outros mais previsíveis.
18. Permaneça sempre com atenção redobrada no seu carro e, se tiver que parar num sinal, procure o lado esquerdo da pista, de modo a não permitir que outro veículo pare ao seu lado (do motorista).
19. Procure conhecer a vida pregressa dos seus empregados fixos, principalmente os domésticos (faxineiras, cozinheiras, babás, jardineiros, limpadores de piscina, vigias, porteiros etc). Não confie apenas em agências de emprego. Solicite referências e procure checar as mesmas. Peça ATESTADO DE BONS ANTECEDENTES, o qual pode ser retirado em uma delegacia de polícia. Tire fotografia dos que trabalham em sua casa e faça um dossiê completo, guardando tudo em local seguro. Essas informações podem ser valiosas ao trabalho da polícia num caso de sequestro ou roubo à sua casa.
20. Tenha cuidado com ex-funcionários. Desconfie daqueles que entram em sua casa e, pouco tempo depois, desaparecem ou pedem demissão. Muitos trabalham para sequestradores e podem fornecer informações importantes sobre a sua vida e de seus familiares.
Por fim: a prevenção é o grande segredo para que não desejar ser vítima dos marginais, lembre-se que os bandidos procuram vítimas desatentas, assim não terão dificuldades na ação criminosa.
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