COTIDIANO
Ministério Público elege lista tríplice para escolha de procurador geral
Promotores e procuradores escolhem três nomes para concorrerem ao cargo. Janete Ismael pediu que promotores "ajam com responsabilidade" na escolha.
Publicado em 27/07/2009 às 7:24 | Atualizado em 26/08/2021 às 23:39
Karoline Zilah
Mais de 200 promotores e 19 procuradores da Paraíba elegem nesta segunda-feira (27) três candidatos ao cargo de procurador geral de Justiça. A lista tríplice que se originar da eleição no Ministério Público do Estado será encaminhada ao governador do Estado para que ele escolha quem será o sucessor de Janete Ismael, que completa seu segundo mandato.
O pleito acontece das 8h às 16h, no auditório do edifício Procurador de Justiça João Bosco Carneiro, prédio anexo da sede Ministério Público da Paraíba. O resultado deve ser apurado até o início da noite desta segunda, e, após proclamá-lo, a procuradora geral tem um prazo de três dias para enviar a lista tríplice ao governador José Maranhão (PMDB).
Duas chapas participam: "Compromisso com a Democracia", de oposição, é composta pelos promotores João Arlindo Corrêa Neto e Oswaldo Trigueiro do Valle Filho com o procurador Nelson Antônio Cavalcante Lemos; e "MP Forte e Respeitado", da situação, que tem os procuradores Antônio de Pádua Torres e José Raimundo de Lima, ao lado do promotor Cláudio Antônio Cavalcanti.
Janete Ismael concedeu entrevista na manhã desta segunda ao Bom Dia Paraíba, da TV Cabo Branco, e explicou que o novo procurador geral de Justiça atuará no biênio 2009/2011.
Para ela, a importância do cargo está em sua responsabilidade. “O procurador geral é o representante maior do Ministério Público. Ele acompanha institucionalmente as ações que tramitam no Tribunal de Justiça”, comentou Janete Ismael.
Neste ano, o Ministério Público chegou a discutir uma alteração em sua Lei Orgânica que poderia excluir os promotores da eleição para procurador geral. Janete se mostrou favorável ao projeto e defendeu que em muitos estados, a exemplo de São Paulo, os promotores estão fora do processo. “A situação estava causando um certo problema no pleito eleitoral, a concorrência estava trazendo muitos problemas à instituição”, explicou.
No caso da Paraíba, o projeto não chegou a ser votado na Assembleia Legislativa e o Ministério Público resolveu “optar pela paz”, segundo declaração da procuradora geral. Referindo-se diretamente aos promotores, ela pediu que eles “ajam com responsabilidade” na eleição desta segunda-feira porque, segundo ele, eleger um procurador geral significa escolher “a cabeça da instituição. Tudo recai sobre ele”, complementou.
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