COTIDIANO
Morte de Portella faz lembrar que já tivemos ministros muito melhores
Publicado em 02/05/2017 às 16:46 | Atualizado em 31/08/2021 às 7:45
Morreu o acadêmico Eduardo Portella.
Era um intelectual brilhante e muito respeitado.
Quero dizer algo a propósito da morte de Portella, mas, num Brasil de tantas intolerâncias, preciso me justificar antes.
A justificativa é simples: abomino as ditaduras. Espero ter sido claro.
O que desejo dizer é que Portella nos lembra que já tivemos ministros muitíssimo melhores do que os que temos hoje. Até mesmo no tempo da ditadura militar.
Levada ao paroxismo, a prática de trocar cargos por votos no parlamento conduz a escolhas que mostram como empobreceram e pioraram as nossas relações políticas.
O baiano Eduardo Portella foi ministro da Educação do presidente João Figueiredo.
Escritor, homem interessado no diálogo da cultura com o poder, era um notável num ministério importantíssimo.
Creio que não receberia Alexandre Frota em audiência. Muito menos ouviria sugestões do ator.
É sua a frase:
Não sou ministro. Estou ministro.
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