MP faz inspeções para combater exploração sexual e do trabalho

Bares, lan houses, clubes e outros pontos que estariam sendo utilizados como locais para a exploração sexual e do trabalho infantil na região metropolitana de João Pessoa estão sendo inspecionados pelo Ministério Público.

A ação preventiva faz parte de medidas que estão sendo adotadas pela Promotoria de Defesa da Criança e do Adolescente da capital, e já teria encontrado também a venda de bebidas alcoólicas e de outras drogas a menores de 18 anos.

Já foram realizadas inspeções nos logradouros e bairros do Róger, Torre, Centro, Mandacaru, Alto do Céu, 13 de Maio, Orla e Mangabeira.

A “força-tarefa” coordenada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) tem o apoio dos conselheiros tutelares, policiais militares, delegados e agentes da polícia civil, das secretarias municipais do Meio Ambiente, Desenvolvimento Social e Mobilidade Urbana e do Juizado da Infância e Juventude.

Segundo o promotor de Justiça Alley Escorel, o MPPB constatou a necessidade de uma ação planejada e articulada envolvendo os diversos atores do sistema de proteção à criança e ao adolescente, diante da vulnerabilidade social deste público e do descumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

De acordo com a psicóloga que integra o Núcleo Psicossocial do MPPB, Mary Lopes, outro problema bastante recorrente é a presença de crianças acompanhadas dos responsáveis em ambientes impróprios.

“Encontramos crianças acompanhadas de seus pais em mesas com bebidas alcoólicas e estamos fazendo um trabalho de conscientização com esses pais, alertando-os sobre esse problema. Constatamos também adolescentes ingerindo bebidas alcoólicas em casas de show. Na Torre, um adolescente envolvido com drogas foi recolhido e encaminhado ao Conselho Tutelar”, disse Mary Lopes.

Já a assistente social do Núcleo Psicossocial do MPPB, Maria do Socorro Xavier Gaudino, informou que na última inspeção realizada, no dia 10 de maio, também na Orla Marítima, um jovem foi preso em flagrante por portar uma arma calibre 38 e encaminhado à delegacia.

Segundo ele, a arma seria trocada por crack. “Uma garota que informou ter 19 anos também foi conduzida à delegacia para lavrar um termo circunstanciado de ocorrência porque estava de posse de uma pequena quantidade de maconha. Fizemos toda a orientação a ela sobre o tratamento no Caps AD”, acrescentou a assistente social, que integra a equipe do MPPB.