COTIDIANO
"Não gostaria de estar no Titanic"
Publicado em 17/01/2012 às 8:00
"Não gostaria de estar no lugar do comandante do Titanic, obrigado a navegar no oceano por entre os icebergs. Mas creio que, com a preparação certa, é possível governar qualquer situação e prevenir qualquer problema".
A declaração foi de Francesco Schettino, capitão do navio que naufragou na Itália, em entrevista dada ao jornal tcheco "Dnes" em 2010 e republicada ontem.
"A segurança do passageiro vem antes de tudo", dizia ele ainda.
"No navio, deve reinar uma disciplina quase militar. Se aparece uma situação difícil, o comandante deve ter tudo sob controle. E estar onde é necessário", dizia.
Schettino, 52 anos, é acusado de ter abandonado o navio e de não ter prestado assistência aos passageiros - ele nega.
A empresa Costa Cruzeiros afirma que o capitão errou, mas é "altamente qualificado". Schettino entrou na empresa em 2002 como oficial de segurança e foi promovido a comandante em 2006.
O capitão está em uma prisão na cidade de Grosseto, por temor das autoridades italianas de que pudesse fugir. Ele enfrenta ainda a acusação de homicídio múltiplo doloso (quando não há intenção). Na cela, o comandante Schettino está sob vigilância constante e recebendo atendimento psicólogo.
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