COTIDIANO
Novo pacote vai baratear hipotecas e aumentar crédito, diz Obama
Estratégia será anunciada 'em breve', segundo o presidente. Obama criticou uso feito dos US$ 700 bilhões do plano anterior.
Publicado em 01/02/2009 às 10:08
Do G1
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou nesse sábado (31), em seu pronunciamento semanal, que o governo deverá anunciar em breve um plano para ajudar a baratear os custos das hipotecas, "reviver" o sistema financeiro e restaurar o crédito.
A nova estratégia, segundo o presidente, será anunciada "em breve" pelo secretário do Tesouro, Tim Geithner. "Nós ajudaremos a reduzir os custos das hipotecas e estender empréstimos a pequenos negócios, para que eles possam criar empregos", afirmou Obama.
Em seu discurso, Obama mostrou preocupação em garantir que os recursos sejam bem utilizados. "Vamos insistir em uma transparência sem precedentes", disse.
Como já fizera na sexta-feira, o presidente norte-americano pediu novamente ao Senado a aprovação rápida do plano de US$ 819 bilhões para resgatar e economia do país, superando as diferenças partidárias.
E aproveitou para criticar o pacote anterior, de US$ 700 bilhões, aprovado durante o governo Bush: "no ano passado o Congresso aprovou um plano para resgatar nossos sistema financeiro. Ainda que o pacote tenha ajudado a evitar um colapso financeiro, muitos estão frustrados com o resultado – e com razão. (...) Os bancos receberam ajuda, mas proprietários de imóveis, estudantes e pequenos negócios que necessitam de empréstimos foram deixados sós", apontou.
Criticando os bônus pagos pelas empresas a seus executivos, Obama cobrou responsabilidade no uso dos recursos do governo: "Estou comprometido a fazer o que for necessário para manter a circulação do crédito, e os americanos não vão perdoar nem tolerar tanta arrogância e cobiça", disse.
Sem dar detalhes sobre o plano, Obama alertou, no entanto, que serão necessários anos para que o país se restabeleça economicamente e que o plano não será a cura imediata para os problemas. "Raramente em nossa história nosso país enfrentou problemas econômicos tão devastadores como esta crise", admitiu.
Comentários