COTIDIANO
Operação desarticula comércio de documentos falsos na Paraíba
Operação Delivery é realizada pelas Polícias Civil, Rodoviária Federal e Ministério Público em JP e CG. Foram expedidos 17 mandados de prisão e de busca e apreensão.
Publicado em 17/06/2011 às 6:44
Karoline Zilah
Com informações de Jorge Filho e da TV Paraíba
Foto: João Paulo Medeiros para o Paraíba1
Uma operação especial deflagrada nesta sexta-feira (17) na Paraíba combate um esquema de emissão de documentos falsos. São cumpridos 17 mandados de prisão e de busca e apreensão, que são cumpridos em João Pessoa e Campina Grande. A maioria, 14 deles, são direcionados a Campina Grande. Também são feitas prisões em flagrante.
A Operação Delivery (que significa 'entrega em domicílio', em inglês) conta com o trabalho de 170 policiais, entre profissionais das Polícias Civil e Rodoviária Federal, e conta com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual, responsável pelas investigações.
Pelo menos quatro pessoas já foram detidas em João Pessoa e encaminhadas para a Escola de Serviço Público da Paraíba (Espep), em Mangabeira, onde também serão concentrados durante o dia os materiais apreendidos. Carros e motocicletas que teriam placas 'frias' e clonadas também estão sendo apreendidos.
Já em Campina Grande, a operação vistoria boxes no shopping popular Edson Diniz, no Centro, onde os serviços ilegais seriam oferecidos.
A operação já deteve na cidade um funcionário público no bairro das Malvinas. De acordo com o delegado Thiago Vasconcelos, da Polícia Civil, foram encontrados na casa deste servidor formulários de documentos, fotos avulsas no formato 3x4, além de RGs, CPFs e comprovantes de renda falsificados.
Como funcionava o golpe
Os documentos falsos seriam usados para comprovar que os criminosos teriam condições de financiar veículos e imóveis, além de outros golpes aplicados no comércio. Em seguida, os envolvidos revendiam estes bens. A operação foi batizada de 'delivery' porque os documentos falsos eram feitos e entregues sob encomenda.
De acordo com o Ministério Público Estadual, as investigações duraram quatro meses. O Gaeco dispõe de cerca de 200 horas de gravações de imagens que podem comprovar a atuação criminosa do grupo que está sendo procurado nesta sexta-feira.
Atualizada às 9h55
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