COTIDIANO
Perigo na Integração
Conforme funcionários do terminal, os relatos de vítimas de assaltos são constantes no local.
Publicado em 04/07/2012 às 8:00
Quando o período noturno chega, os problemas começam a surgir em um dos locais com maior fluxo de pessoas em João Pessoa. Usuários de drogas, traficantes e assaltantes se reúnem no entorno do Terminal de Integração do bairro do Varadouro, em João Pessoa, para a prática de delitos. Conforme funcionários do terminal, os relatos de vítimas de assaltos são constantes no local.
Os crimes acontecem principalmente a partir das 22h e perduram por toda a madrugada. Para evitar os assaltos, os comerciantes da região fecham seus estabelecimentos no máximo às 18h e evitam falar sobre o assunto. Segundo os funcionários da Integração, nos finais de semana a situação chega a ficar crítica.
“A gente já vê quando as pessoas entram apressadas na Integração, tentando se proteger e contando que foram assaltadas. Isso acontece mais nos finais de semana, porque, apesar do policiamento ser reforçado dentro da Integração, os bandidos agem do lado de fora”, revelou um funcionário que preferiu não se identificar.
As pessoas que trafegam pelo local afirmam ter medo de frequentar a Integração no período noturno. “Durante o dia a situação é mais tranquila e nós só temos que driblar a ação dos pedintes que na maioria das vezes são usuários de drogas. Mas à noite muitos criminosos ficam aqui na região e eu mesma evito passar por aqui”, disse uma mulher que preferiu não se identificar.
De acordo com o tenente-coronel Paulo Almeida, comandante do 1º Batalhão de Polícia Militar, 64 policiais se revezam diariamente em três turnos para garantir a segurança na região do Terminal de Integração. A PM atua nas modalidades a pé, com viaturas, motocicletas e quando necessário a segurança é reforçada ainda por policiais da Cavalaria.
“Aquela é uma área que preocupa. Temos visto que as drogas motivam muitos crimes e que não se trata apenas de uma questão de polícia. É necessário o envolvimento de muitos órgãos que possam fornecer a recuperação e uma fonte de renda para estes usuários, que na maioria das vezes praticam pequenos delitos durante o dia e à noite dormem nas ruas. Só assim poderemos minimizar os problemas causados pelas drogas”,tt afirmou o tenente-coronel Paulo Almeida.
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