PF prende acusados de fraudes em licitações com recursos do PAC

Karoline Zilah

A Polícia Federal na Paraíba deflagrou, na manhã desta terça-feira (10), mais uma operação. Desta vez os alvos são irregularidades cometidas contra prefeituras paraibanas. A ação, denominada “Transparência”, busca desarticular uma organização criminosa especializada em burlar a competitividade das licitações no ramo da construção civil. Entre os acusados estão funcionários públicos.

Estão sendo cumpridos em João Pessoa 20 mandados de prisão e 36 de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara da Justiça Federal. Cerca de 150 agentes foram distribuídos em diversos pontos da Capital e já prenderam um contador em Mangabeira e uma pessoa na avenida Monsenhor Walfredo Leal, em Tambiá. Também há informações sobre detenções em Jacumã, no município do Conde.

Segundo as primeiras informações, a organização tinha como foco obter recursos provenientes de convênios federais firmados com o Ministério da Saúde, através da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Os recursos eram oriundos de verbas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

As investigações tiveram início no mês de julho, a partir de informações coletadas pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Receita Federal, com a abertura de Inquérito Policial. Os suspeitos são acusados de crime contra a ordem tributária, corrupção, lavagem de dinheiro, fraude em licitação e formação de quadrilha.

Os presos, após exame de corpo de delito, serão encaminhados ao Centro de Educação da Polícia Militar e as presas ficarão custodiadas na Superintendência de Polícia Federal na Paraíba.

A operação é realizada em conjunto com a Controladoria Geral da União, o Ministério Público Federal e a Receita Federal. Todas as informações serão apresentadas à imprensa às 10h.

Operações

Na semana passada, a Polícia Federal deflagrou outra ação tendo como alvo esquemas ilegais que prejudicava o Poder Público. Na Operação Inapto, chegou a ser preso o secretário de Agricultura do município de Pombal.

Filemon Benigno, ao lado de fazendeiros e ex-servidores de órgãos federais, foram acusados de fraudar documentos para receber empréstimos e financiamentos do Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf), do Governo Federal.

Atualizada às 8h05.